18 de Fevereiro – A SUMA EXPLICAÇÃO 

Um golpe e esqueci-me de tudo o que sei 
Não dependerei mais da cultivação. 
Eu toquei o ensinamento do Buda 
E já não indagarei em explicações ardilosas. 
Em mais nenhum lado se encontra um vestígio, 
Fora do nosso discurso e comportamento. 
Aqueles que alcançaram o Caminho por todas as direções 
Dizem que cada um tem a suma explicação. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

17 de Fevereiro – REGRESSAR AOS TERRENOS 

Plantando feijões aos pés do Monte Nan, 
As ervas são muitas, mas rebentos de feijão são poucos. 
Levanto-me de manhã, para cuidar das ervas, 
A Lua acompanha-me até casa, carregando a enxada ao ombro. 
O caminho é estreito, repleto de ervas, 
A humidade da tarde encharca a minha roupa. 
Roupa encharcada, não me incomoda, 
Desde que eu tenha a minha vontade. 

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16 de Fevereiro – UM VERSO DO SUTRA SHURANGAMA (EXCERTO) 

Eu faço os votos para alcançar os frutos da iluminação agora 
para que me torne no rei precioso, 
Que irá regressar para libertar os seres sencientes 
tão numerosos como as areias do Ganges; 
Eu dedico este corpo e mente aos mundos 
tão numerosos como as partículas de pó, 
Isto é retribuir a bondade do Buda. 
Eu faço uma vénia em jeito de pedido ao Buda 
para que seja minha testemunha, 
Do meu voto para que seja o primeiro a entrar 
no mundo maléfico das Cinco Formas de Degeneração; 
Caso haja um ser senciente não iluminado, 
então nunca alcançarei o nirvana neste local. 

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15 de Fevereiro – COLOCAR OS VOTOS EM PRÁTICA 

Durante as nossas vidas, devemos fazer grandes votos para beneficiar a todos neste mundo para que possam ser felizes e permanecer em paz. 

Ao fazer o voto de ser como uma árvore ou uma ponte, oferecemos aos outros um refúgio como também um caminho por onde se possa passar. Quando fazemos o voto de ensinar o Dharma aos outros, eles podem beneficiar dos nossos ensinamentos e começar a viver as suas vidas de uma forma renovada. 

Conseguimos levar a harmonia para as nossas famílias se fizermos o voto de ser um parceiro melhor, um filho mais carinhoso, e um irmão mais respeitante. Para além disso, devemos fazer o voto de educar as nossas crianças, para que se possam tornar nos futuros líderes da nossa sociedade. 

Ler os sutras, cantar os nomes dos Budas, proferir boas palavras, e sorrir aos outros todos os dias são maneiras de colocar os nossos votos em prática. 

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13 de Fevereiro – BENEVOLÊNCIA QUE SALVA O MUNDO 

O Budismo é uma bênção que salva o mundo, a mãe da filosofia; o estudo do Budismo ameniza os preconceitos da ciência. O Budismo é um dos grandes poderes na natureza que advoga a emancipação e a preservação das raças. As pessoas não devem estar isentas de um pensamento religioso, pois ele poderá ajudar o governo a governar, enquanto que o governo tem o poder para proteger a religião. Por um lado, o governo tutela as condutas das pessoas, e por outro, a religião cura as suas mentes. Os dois complementam-se, trabalhando lado a lado, e nunca se contradizem. 

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12 de Fevereiro – ENSINAMENTOS DE FAMÍLIA POR SIMA GUANG 

Acumula ouro para os teus descendentes, 
E os teus descendentes podem nem guardá-lo. 
Acumula livros para os teus descendentes, 
E os teus descendentes podem nem lê-los. 
Seria melhor acumular em privado o mérito 
para eles nesta vida 
Fazer para eles os planos a longo prazo. 
Esta é a máxima dos sábios antigos 
E algo para que as gerações vindouras possam refletir. 

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11 de Fevereiro – A PACIÊNCIA COMO NOSSO PROFESSOR 

Neste mundo, aqueles que possuem grandes virtudes e méritos são aqueles que conseguem tolerar o intolerável e suportar o insuportável. 

No Budismo, a Paciência não recai só sobre a capacidade de sermos pacientes em relação aos pedidos que são razoáveis ou às agonias que são momentâneas, recai também sobre a capacidade de ser paciente com os mal-entendidos que são absurdos e irrazoáveis. Ao encarar a paciência como o ensinamento compassivo dos budas e bodhisattvas, como também o próprio cultivo do mérito e das virtudes, então aí poderemos afirmar o valor da nossa moralidade e integridade, acreditando que a verdade e a justiça serão eventualmente cumpridas. 

Desde que eu era novo, nunca estive preocupado com a honra e a desonra, ou a fama e a difamação. Em nome do Budismo, eu consegui tolerar a humilhação, os compromissos, e passar despercebido. Aquilo que é determinante para que os praticantes budistas consigam beneficiar do dharma tem muito que ver com a sua capacidade de serem pacientes. 

Com uma paciência comum, uma paciência do dharma, e uma paciência para com o dharma que não se manifesta, tudo será bom para ti, para mim, e para todos. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

10 de Fevereiro – RECEITA DO MESTRE BAOZHI 

O Imperador Wu da Dinastia Liang perguntou ao Mestre Baozhi, “Como é que nos devemos cultivar para garantir o renascimento eterno como um ser humano? ” 

O Mestre Baozhi respondeu, “Este monge humilde tem uma receita cujos ingredientes podem ser adquiridos na Montanha dos Cinco Agregados: 

1 coração inteiro sem raiva 
2 taéis de alegria constante 
3 centímetros de prática compassiva 
4 cabos da raiz da paciência 
5 litros de uma natureza sábia 
6 mililitros de uma mente zelosa 
7 grânulos de aliviadores de aflição 
8 partes de companhia virtuosa 

Usando a lâmina da inteligência, afie rente à bigorna da igualdade. Elimine as raízes da discriminação entre o eu e o outro. Coloque os ingredientes no morteiro da não-obstrução e golpeie mil vez com um pilão de diamante. Tome um comprimido de paramitas diariamente com a água das oito virtudes. Desta forma, poderá garantir instantaneamente o renascimento eterno como um ser humano. 

Cumpra as restrições dietéticas enquanto toma a medicação. Falar pouco é a joia mais importante, enquanto que a paciência é um tesouro incalculável; não fale dos defeitos dos outros pois isso só trará o dano para si mesmo. Insultar os outros resultará na sua própria ofensa. Odiar os outros apenas fará com que você seja odiado; tal como a madeira no fogo, aquilo que arderá será você.” 

O Imperador Wu ainda perguntou, “Como é que podemos alcançar a Iluminação? 

Aprenda acerca da impermanência, perceba a grande verdade, respeite a joia tripla, e acompanhe as coisas desde o início até ao seu fim. Pratique tudo o que é puro e pare de fazer tudo o que seja impuro. Permita que você esteja errado e os outros estejam certos; pratique a igualdade sem a distinção entre o eu e o outro. Não prejudique os outros ou persiga a sua gratificação pessoal. Elimine a ganância e a raiva, e seja sempre alegre. O Buda que cada um procura, será o Buda em que cada um se tornará,” assim respondeu o Mestre Baozhi. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

9 de Fevereiro – NÃO-MENTE, DESPREOCUPAÇÃO POR TODA A PARTE 

No interior das paredes esbranquiçadas e dos portões vermelhos 
há assuntos um tanto complicados, 
Dentro das paredes dos ricos 
há montanhosas aflições; 
Não se diga que não existem ermitas 
nas florestas da montanha, 
Pois desde que haja a não-mente, 
haverá despreocupação em qualquer lugar. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.