Neste mundo, aqueles que possuem grandes virtudes e méritos são aqueles que conseguem tolerar o intolerável e suportar o insuportável.
No Budismo, a Paciência não recai só sobre a capacidade de sermos pacientes em relação aos pedidos que são razoáveis ou às agonias que são momentâneas, recai também sobre a capacidade de ser paciente com os mal-entendidos que são absurdos e irrazoáveis. Ao encarar a paciência como o ensinamento compassivo dos budas e bodhisattvas, como também o próprio cultivo do mérito e das virtudes, então aí poderemos afirmar o valor da nossa moralidade e integridade, acreditando que a verdade e a justiça serão eventualmente cumpridas.
Desde que eu era novo, nunca estive preocupado com a honra e a desonra, ou a fama e a difamação. Em nome do Budismo, eu consegui tolerar a humilhação, os compromissos, e passar despercebido. Aquilo que é determinante para que os praticantes budistas consigam beneficiar do dharma tem muito que ver com a sua capacidade de serem pacientes.
Com uma paciência comum, uma paciência do dharma, e uma paciência para com o dharma que não se manifesta, tudo será bom para ti, para mim, e para todos.
Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.