23 de Abril – A PRÁTICA DE UM BODHISATTVA 

Como é que um Bodhisattva mantém a sua determinação firme e sem regressão? 

1. Ao suscitar a grande compaixão nas mentes por todos os seres sencientes; 

2. Ao persistir no seu trabalho de uma forma zelosa e incansável; 

3. Ao acreditar e entender que a vida e a morte são como sonhos ilusórios; 

4. Ao possuir um pensamento verossímil quanto à sabedoria dos budas. 

Como é que um Bodhisattva se assegura que a Mente Bodhi nunca se perde de uma vida para outra? 

1. Ao ter sempre a consciência do Buda 

2. Ao contemplar constantemente a sabedoria Bodhi por meio das ações meritosas; 

3. Ao ter bons e virtuosos amigos; 

4. Ao louvar os ensinamentos de Mahayana. 

Como é que um Bodhisattva percebe minuciosamente a prática de um conjunto de habilidades entre os seres sencientes? 

1. Ao beneficiar os seres sencientes; 

2. Ao alegrar-se com as ações meritosas de outros 

3. Ao arrepender-se e ao eliminar as suas transgressões 

4. Ao solicitar e convidar a presença de todos os budas. 

Como é que um Bodhisattva permanece inabalável em relação aos outros e pratica autonomamente as Seis Perfeições? 

1. Ao guiar os outros com generosidade; 

2. Ao não difamar os outros ou falar dos seus defeitos; 

3. Ao saber minuciosamente as Amplas Virtudes; 

4. Ao perceber o Dharma profundo. 

Como é que um Bodhisattva se assegura que as sementes da Iluminação nunca serão interrompidas? 

1. Ao não romper com os seus votos iniciais; 

2. Ao praticar aquilo que pregamos; 

3. Ao desejar ser diligente; 

4. Ao comprometer-se totalmente com a prática do Caminho do Buda. 

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22 de Abril – O MUNDO CHAN

A atitude que um praticante de Chan demonstra face ao céu e à terra é uma de respeito a cada momento, não faltando a nenhuma oportunidade para o demonstrar.

O praticante de Chan tem uma mente comum para lidar com os afazeres diários, uma mente pura para construir um futuro melhor, e uma mente que está presente “no momento” para encarar a vida a partir de um nível ainda mais superior.

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21 de Abril – SILÊNCIO 

Para aqueles que alcançaram o Caminho, há muito que deixaram de se apegar às impurezas e às preocupações; são naturalmente capazes de apreciar melhor um estado de silêncio. E por silêncio há que entender que não se trata de morder os nossos lábios, mas sim de não ter nada para dizer à partida. Tal como o ditado diz, “Aquele que sabe, não fala, e aquele que não sabe, fala.” Quando o Buda levantou a flor durante a reunião no Pico do Abutre, toda a congregação permaneceu em silêncio. Só Mahakasyapa esboçou um sorriso. Este encontro das mentes ultrapassa as mil palavras. 

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20 de Abril – MENTE PACÍFICA, PAZ PACÍFICA 

Estar em vantagem cria a condição para que mais tarde estejamos em desvantagem; estar em desvantagem sinaliza o princípio para que mais tarde estejamos em vantagem. 

A nossa perda será o benefício de outros. Exteriormente, os ganhos são a calma que os outros conseguem adquirir para si, enquanto que interiormente, é a paz de espírito que cultivamos para nós mesmos. Ao ter ambas a calma e a paz, seremos abençoados com boa sorte. 

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19 de Abril – FILHOS ACONSELHADORES – UMA CARTA 

Para agir como um homem superior, cultiva-te com serenidade e nutre a tua virtude ao praticar a frugalidade. Sem o desapego, os teus princípios não podem ser claros, e sem a serenidade, a tua perspetiva não pode ir longe. Antes de aprender, primeiro há que ganhar serenidade; sem a aprendizagem, não podemos aprimorar as nossas habilidades. Sem a serenidade, a aprendizagem é impossível. A ociosidade e a arrogância não conseguem refinar o nosso carácter, e a impaciência não pode trazer a racionalidade. À medida que os anos passam rapidamente, a tua determinação diminui com a idade, torna-se seca e murcha. De que adianta suspirar com arrependimento e desejar que o tempo volte atrás? 

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18 de Abril – OS DEZ DESCONTENTAMENTOS 

Ao trabalhar afincadamente todo o dia só para encher o estômago, 

Apesar de conseguir comida, já se está a pensar na roupa. 

Ao vestir as sedas que comprámos, 

Olhamos para cima e sentimo-nos descontentes com um teto raso. 

Ao construir edifícios altos e grandes mansões, 

Falta ao nosso lado uma bela mulher para partilhar a cama. 

Ao casar com uma mulher amada e belas concubinas, 

Preocupamo-nos com falta de um cavalo à nossa porta para viajar. 

Ao comprar um bom cavalo com dinheiro, 

Falta-nos um séquito à sua volta. 

Ao empregar uma dúzia de acompanhantes, 

Somos oprimidos por ser um homem rico sem poder. 

Ao ser selecionado como um magistrado do condado 

Achamos que esse estatuto é demasiado baixo na hierarquia e na autoridade. 

Ao ascender à posição de ministro,

Começamos a pensar todos os dias em ascender ao trono.

Ao ascender ao Trono que está voltado para o Sul,

Começamos a querer jogar xadrez com os imortais.

Ao ter Lu Dongbin no jogo de xadrez,

Começamos a perguntar onde fica a escadaria para o céu.

Antes que a escadaria esteja construída,

O Rei Yama já enviou os fantasmas para que nos retirem a vida.

Se não fosse a hora da nossa morte,

Ainda nos queixaríamos da falta de altura da escadaria! 

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17 de Abril – OS CINCO PRECEITOS

Não matar significa respeitar a vida dos outros como também proteger toda a vida.

Não roubar significa respeitar a propriedade dos outros como também ser alguém generoso e prestável.

Abster das más práticas sexuais significa respeitar o corpo dos outros e a sua integridade.

Não mentir significa respeitar a reputação dos outros, confortando e encorajando-os.

Não ingerir substâncias tóxicas significa respeitar o nosso próprio intelecto e ensina-nos a ser sábios e a ajudar os outros a manter um raciocínio coerente.

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16 de Abril – ESCUTAR A CHUVA 

Na minha juventude, 

Eu escutava a chuva do interior de um bordel; 

À luz fraca da vela vermelha, a cama ocultava-a. 

No meu tempo de auge, 

Eu escutava a chuva num barco de passageiros; 

O rio era amplo e as nuvens baixas, 

Os gansos selvagens que estão perdidos grasnam no vento de Oeste. 

Agora, 

Eu escuto a chuva do interior de um mosteiro; 

Os cabelos das minhas têmporas já estão cobertos de branco! 

Os momentos de tristeza, alegria, separação, 

e união na vida, são sempre cruéis; 

Por isso, permite apenas que as gotas da chuva batam nos degraus, 

até que rompa a madrugada. 

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15 de Abril – EU SOU O BUDA 

Ter sempre em mente a ideia de que, “Eu sou o Buda”, pode ser algo bastante útil nas relações interpessoais. 

Quando eu estou a comunicar com os outros, recordo-me de que é o Buda quem está a falar os demais, por isso utilizo palavras sábias, compassivas e carinhosas de uma forma engenhosa. 

Quando me é pedido para fazer uma palestra pública, recordo-me de que é o Buda quem se está a dirigir aos outros, por isso utilizo essa oportunidade para ensinar as pessoas de acordo com o seu nível de compreensão, sem que tenha medo. 

Quando eu estou a ensinar os meus discípulos teimosos, recordo-me de que é o Buda quem os guia, por isso aconselho-os com paciência e bondade. 

Quando eu estou a interagir com aqueles que são tímidos e fracos, recordo-me de que é o Buda quem está diante eles, por isso sou amável e tento dar-lhes confiança e esperança. 

Apesar de sermos apenas seres comuns que estão ainda longe de alcançar a Iluminação, quando todos os nossos pensamentos se fazem acompanhar do Buda, é como se fossemos abençoados por ele, ganhando a sua força. Tal como diz o Sutra do Lótus, “Uma recitação do nome do Buda permite que todos alcancem o seu caminho.” 

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14 de Abril – PINHA VERDE E FLORES 

O bem é como a pinha, e o mal como a flor, 

À partida o último poderá parecer algo menor; 

Até ao dia em que os dois são ceifados pelo gelo, 

Tudo o que resta é a pinha, não a flor. 

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