16 de Abril – ESCUTAR A CHUVA 

Na minha juventude, 

Eu escutava a chuva do interior de um bordel; 

À luz fraca da vela vermelha, a cama ocultava-a. 

No meu tempo de auge, 

Eu escutava a chuva num barco de passageiros; 

O rio era amplo e as nuvens baixas, 

Os gansos selvagens que estão perdidos grasnam no vento de Oeste. 

Agora, 

Eu escuto a chuva do interior de um mosteiro; 

Os cabelos das minhas têmporas já estão cobertos de branco! 

Os momentos de tristeza, alegria, separação, 

e união na vida, são sempre cruéis; 

Por isso, permite apenas que as gotas da chuva batam nos degraus, 

até que rompa a madrugada. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun