1 de Setembro – A PÉROLA BRILHANTE DE CADA UM

Eu tenho uma pérola brilhante única,

Que há muito está aprisionada na poeira.

Agora que a poeira se foi, o brilho é resplandecente

Iluminando todas as montanhas e rios.

— retirado de Examinações da Linhagem da Família Sakya 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun 

30 de Agosto – O CONSELHO DE CHIEN MEIGON PARA O MUNDO (EXCERTO)

Venerar os deuses e os espíritos, mas não os nossos pais;

Onde está o respeito?

Irmãos, irmãs, todos cresceram da mesma raiz;

Qual é a necessidade de discutir?

Cada um dos teus descendentes tem a sua própria sorte;

Qual é a necessidade de nos preocupar?

Os deuses observam-te do cimo;

Quem queres enganar?

Desde o passado que os escritos nunca estiveram comprovados

Qual é a necessidade de se vangloriar?

A fama e a fortuna são curtas como a vida de uma pétala;

Qual é a necessidade de se orgulhar?

A fortuna dos outros pertence ao seu destino;

Qual é a necessidade de se invejar?

Uma falta de cultivação no passado significa sofrimento no presente;

Qual é a necessidade de se queixar?

É difícil sermos sempre aquela pessoa que sorri;

Qual é a necessidade de sofrer?

Cada vantagem adquirida é outra perdida;

Qual é a necessidade de ser ganancioso?

Podemos ser mais inteligentes ao que é conveniente;

Qual é a necessidade de ser astuto?

A desonestidade desgasta a sorte de uma vida inteira;

Qual é a necessidade de mentir?

O tempo vai trazer-te a justiça;

Qual é a necessidade de disputar?

Criar uma família com zelo e frugalidade;

supera o ato de pedir ajuda aos demais;

Onde é que existe a possibilidade para o luxo?

Um “Olho por olho” deixa o mundo inteiro cego;

Qual é a necessidade de instigar hostilidades?

Os refúgios estão no coração das pessoas, não nas montanhas;

Qual é a necessidade de se conspirar?

O insulto atrai a calamidade, e o perdão as bênções;

Qual é necessidade de se ter poder?

Uma vez que a impermanência se manifesta, tudo acaba;

Qual é a tua pressa?

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun 

29 de Agosto – CANÇÃO DO CONTENTAMENTO 

Ao contemplarmos o sofrimento proveniente dos assuntos complicados,

É já uma bênção o facto de sermos livres.

Ao contemplarmos o sofrimento proveniente da fome,

É já uma bênção o facto de estarmos quentes.

Ao contemplarmos o sofrimento proveniente das enfermidades,

É já uma bênção o facto de estarmos saudáveis.

Ao contemplarmos o sofrimento proveniente da adversidade,

É já uma bênção o facto de estarmos em segurança.

Ao contemplarmos o sofrimento proveniente de estar enclausurados,

É já uma bênção o facto de poder viver em paz.

Ao contemplarmos o sofrimento proveniente da morte,

É já uma bênção o facto de estar vivos.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun 

28 de Agosto – SELECÇÕES DA DOUTRINA DO MEIO

O gosto pela aprendizagem aproxima-nos do conhecimento. A prática com vigor aproxima-nos da magnanimidade. Possuir um sentido de vergonha aproxima-nos da energia.

Para que se alcance o Caminho é necessário: um estudo extenso sobre aquilo que é o bem; uma investigação exata e uma reflexão ponderada acerca do mesmo; e uma clara distinção sobre a sua natureza, acompanhando-a de uma prática honesta.

Não se pode abandonar o caminho nem por um instante. Se pudesse abandonar, já não seria o caminho. Devido a estas circunstâncias, o homem superior não espera até que as coisas estejam em vista para ser cauteloso, nem até que as ouça, para ser apreensivo. Não há nada de mais visível que um segredo, nem nada mais manifesto que algo diminuto. Por essa razão, o homem superior está atento e observa-se quando está sozinho. Enquanto não houver algum arrebatamento de prazer, de raiva, de tristeza, ou de alegria, podemos considerar que a mente se encontra num estado de Harmonia. Este Equilíbrio é a grande raiz de onde provêm todas as ações humanas neste mundo, e esta Harmonia é o caminho universal que todos nós devemos percorrer. Deixem que os estados de equilíbrio e harmonia existam num estado de perfeição, e uma ordem feliz irá prevalecer pelo céu e a terra para que todas as coisas possam nutrir e florescer.

27 de Agosto – AS MÁXIMAS DO MESTRE ZHU PARA A CASA (EXCERTO)

Para cada refeição de papas e de arroz,

Considera as dificuldades da sua origem;

Com cada metade fio e de seda,

Recorda sempre a escassez dos recursos.

Está preparado para os dias de chuva,

Não esperes que a sede te obrigue a cavar um poço;

Sê simples nos teus confortos pessoais,

Quando fores um convidado, não prolongues a tua visita.

Mantém uma dieta simples de comida e bebidas;

Os vegetais do jardim são melhores que os pratos gourmet.

Tem hábitos de asseio simples;

Ensina as crianças com meios virtuosos.

Não procures uma riqueza não antecipada;

Não bebas para além da tua capacidade.

Não te aproveites de um vendedor ambulante,

Se amável e gentil com os familiares e vizinhos que estão na pobreza,

Evita disputas em casa,

Pois as disputas acabarão em desgraça;

Evita um discurso excessivo em público,

Quanto mais discursas, mais cometes erros.

Não utilizes o teu poder para explorar órfãos e viúvas;

Não chacines o gado e as aves para satisfazer as tuas pupilas gustativas.

Ouve com serenidade,

E seremos pacientes e cautelosos enquanto ouvimos

As queixas e difamações das mentes perversas.

Quando estás envolvido numa disputa,

Como é que sabes que a culpa não foi a tua?

Pondera isto com sinceridade.

Não penses nos teus atos de bondade;

Não te esqueças da bondade que já recebeste.

Dá a tudo um espaço de manobra;

Quando estás satisfeito, não desejes por mais.

Quando os outros celebram,

não cedas a uma mentalidade de inveja;

Quando os outros sofrem,

não cedas a uma mentalidade de deleite.

As boas ações exibidas não são verdadeiramente boas;

As más ações ocultadas são a pior maldade.

Cumpre com o teu papel; vive a vida com contentamento,

Ajusta-te aos tempos, e está em conformidade com o Céu.

— excerto retirado de As Máximas de Zhu Bolu Para a Casa 

26 de Agosto – O CAMINHO PARA UMA VIDA FELIZ (EXCERTO)

Uma vez, o meu pai ensinou a mim e aos meus irmãos um poema:

Ele monta um corcel, e eu monto um burro;

Enquanto baixo a minha cabeça por me sentir inferior,

Quando olho para cima vejo homens a empurrar carroças,

Apesar de serem menores que uns, estão ainda melhor que muitos outros.

Este poema, apesar de simples e óbvio, tem um sentido e um significado mais profundo. Ele diz que as pessoas se devem contentar, pois aqueles que têm contentamento conseguem viver sem preocupações. Contudo, também sou da opinião de que a vida não deve ser apenas vivida em prole da nossa comida e vestuário, mas sim em função de um propósito mais nobre. Cheguei à conclusão que as pessoas neste mundo devem trabalhar afincadamente e dedicar-se a empreendimentos com um espírito de luta que não aceita algo menor que o sucesso; por um lado, isto aumenta as oportunidades de emprego, e por outro, contribui para a sociedade e para o país. Isto não se relaciona tanto com o dinheiro que podemos vir a ganhar com o trabalho, mas se conseguimos encontrar algum valor nessa profissão. Desta forma, empenhamo-nos para ajudar o mundo por meio dos trabalhos de assistência social para o benefício das massas e para encorajar o progresso, a virtude e a harmonia.

Na minha opinião, a busca da felicidade na vida resume-se a estes pontos: 

1. Ter uma boa saúde.

2. Ter harmonia na família.

3. Trabalhar diligentemente.

4. Ter contentamento e ser grato.

5. Ajudar os outros e praticar o bem.

— retirado de Os Setenta Anos da Minha Vida

25 de Agosto – NA ESTRADA

Esta estrada é muito curta, e também muito longa 

Esta não é a minha primeira vez que 

Caminho por sabe-se lá quantos 

milhares e milhões de anos. 

A poeira negra cobre-me, 

Mas também me permite crescer 

Utilizo as minhas lágrimas para que se tornem no meu sorriso 

Derramo os meus sorrisos nos arbustos à berma da estrada. 

Florescerão milagrosamente como orquídeas? 

O horizonte longínquo está por descobrir. 

Esta estrada é um fio 

para sempre interminável, de contas de oração agridoce. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun 

24 de Agosto – UM POEMA PARA O MEU PAI

O teu filho está determinado a partir da sua cidade natal,

Se a fama não for alcançada, prometo não regressar,

Porque têm os nossos ossos de estar enterrados no nosso local nativo?

Pois na vida, não há montanhas que não sejam verdes.

23 de Agosto – ENCONTRO COM O EMBAIXADOR NA CAPITAL

A Leste, a estrada que faz rumo a casa está longe e distante,

As mangas estão ensopadas em lágrimas que continuam a cair

Ao cruzar caminho nos nossos cavalos, a caneta e o papel escasseiam.

Encarrego-te de levar mensagens sobre a minha segurança.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun