Uma vez, o meu pai ensinou a mim e aos meus irmãos um poema:
Ele monta um corcel, e eu monto um burro;
Enquanto baixo a minha cabeça por me sentir inferior,
Quando olho para cima vejo homens a empurrar carroças,
Apesar de serem menores que uns, estão ainda melhor que muitos outros.
Este poema, apesar de simples e óbvio, tem um sentido e um significado mais profundo. Ele diz que as pessoas se devem contentar, pois aqueles que têm contentamento conseguem viver sem preocupações. Contudo, também sou da opinião de que a vida não deve ser apenas vivida em prole da nossa comida e vestuário, mas sim em função de um propósito mais nobre. Cheguei à conclusão que as pessoas neste mundo devem trabalhar afincadamente e dedicar-se a empreendimentos com um espírito de luta que não aceita algo menor que o sucesso; por um lado, isto aumenta as oportunidades de emprego, e por outro, contribui para a sociedade e para o país. Isto não se relaciona tanto com o dinheiro que podemos vir a ganhar com o trabalho, mas se conseguimos encontrar algum valor nessa profissão. Desta forma, empenhamo-nos para ajudar o mundo por meio dos trabalhos de assistência social para o benefício das massas e para encorajar o progresso, a virtude e a harmonia.
Na minha opinião, a busca da felicidade na vida resume-se a estes pontos:
1. Ter uma boa saúde.
2. Ter harmonia na família.
3. Trabalhar diligentemente.
4. Ter contentamento e ser grato.
5. Ajudar os outros e praticar o bem.
— retirado de Os Setenta Anos da Minha Vida