22 de Agosto – BUDISMO HUMANISTA ENTÃO DISSE

Conforme o Budismo Humanista é posto em prática nos nossos pensamentos e no nosso dia-a-dia, conseguimos cultivar-nos a qualquer hora. Por exemplo, podemos praticar um acto de generosidade independentemente do dia do ano. Podemos dar algo em qualquer hora e em qualquer sítio.

O ato de generosidade é ilimitado, imensurável, infinito e sem restrições. Quando oferecemos alegria, confiança, esperança e conveniência àqueles que estão necessitados, o mundo enche-se de paz e felicidade.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun 

21 de Agosto – UM ESTADO DE QUIETUDE

Quando os nossos corpos se libertam de todo o karma nocivo, o nosso discurso dos quatro erros*, e as nossas mentes de todas as teias da incerteza, alcançamos um estado de quietude.

Quando os nossos corpos e mentes se libertam das aflições, quando permanecem num estado de tranquilidade e obtêm a derradeira felicidade, alcançamos um estado de quietude.

Quando as nossas mentes se libertam dos apegos, de todos os sentimentos de ressentimento e vingança, e convivemos numa harmonia sem disputas, alcançamos um estado de quietude.

Quando evitamos gerar um karma nocivo, quando apuramos um sentido de humildade constante no nosso coração, e acreditamos nas retribuições kármicas, alcançamos um estado de quietude.

Quando respeitamos e cuidamos dos nossos pais, protegemos a vida, e abstemo-nos de roubar a riqueza dos outros, alcançamos um estado de quietude.

Quando aprendemos a controlar todas as nossas faculdades, partilhamos uma intimidade com mentores virtuosos e livramo-nos dos quatro tipos de agregados maliciosos**, alcançamos um estado de quietude.

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20 de Agosto – O RESPLENDOR DE UM PENSAMENTO

PENSAR SOBRE A POLÍTICA

Só os benevolentes têm a capacidade de encarar as situações complicadas como se tratassem de assuntos mundanos. Só os sábios são capazes de encarar um pequeno assunto como uma questão de grande importância. Nas relações atuais entre a China e Taiwan, ambos os partidos têm de se basear na confiança mútua e na sabedoria da nação chinesa. Desta forma, uma solução comum pode ser proposta em conjunto para assegurar uma coexistência pacífica.

Espero que todos tenham a oportunidade de exercer cargos de autoridade pública para o bem comum, tendo em mente um provérbio bem conhecido, “O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente.”

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19 de Agosto – O LOUVOR DO BODHISATTVA AVALOKITESVARA

A maravilha do Bodhisattva Avalokistesvara é inexprimível,

Possuía a pureza e a majestade resultantes de muitos kalpas de cultivação.

As suas trinta e duas manifestações aparecem por toda a parte neste mundo,

Libertando os seres sencientes por inúmeras eras.

Salpicando sempre a doce humidade do seu vaso,

Com um ramo de salgueiro em mão, pelos inúmeros Outonos.

Preces feitas em um milhar de lugares, a sua resposta chega num milhar de formas.

No oceano do sofrimento, ela é a barca eterna que libera a todos.

Homenagem à grande compassiva e misericordiosa libertadora do sofrimento que responde a todos, Bodhisattva Avalokitesvara!

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18 de Agosto – DITADOS ANOTADOS DO MESTRE ZIBO

Há água no caldeirão,

Mas sem o fogo não pode ser aquecida.

Há sementes no chão,

Mas sem a Primavera elas não podem brotar.

Há estupidez na mente,

Mas sem o estudo não pode ser destruída.

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17 de Agosto – PENSAMENTOS ENQUANTO VIAJO PELA NOITE

A brisa sopra pelas ladeiras verdejantes, 

O mastro alto do navio está sozinho à noite.

Uma estrela brilha amplamente sobre a terra,

A lua flui seguindo o grande rio

Será que a minha fama proveio só da escrita?

Conforme me torno velho e doente, devo renunciar o meu posto.

Assoprando, assoprando, como é que isto pode ser?

Entre o céu e a terra, uma gaivota solitária.

16 de Agosto – RECORDAR MINCHI COM O MEU IRMÃO ZIYOU

Correndo por toda a parte, a que se pode comparar a vida?

É como um grou que caminha pela neve,

Que é capaz de deixar um rastro nela.

Após do grou voar, será que se recorda do Este ou Oeste?

O velho monge morreu, e um novo monumento foi construído,

Nenhum vestígio dos nossos poemas pode ser encontrado nas paredes em ruínas.

Recordas-te daqueles caminhos montanhosos?

A caminho é longo, o viajante está exausto,

e o burro aleijado chora.

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15 de Agosto – CAMINHADA PELA NOITE NO TEMPLO CHENGTIAN

Durante o anoitecer, quando estava prestes a mudar de roupa para me ir deitar, a luz da lua brilhou pela minha janela e levantei-me com disposição para ir dar um passeio. Ao pensar que ninguém me acompanhava neste passeio, resolvi ir ao Templo Chengtian procurar Zhang Huaimin, que ainda não estava a dormir, e caminhámos juntos pelo pátio.

O pátio estava reluzente, como se tivesse sido banhado em água, com as ervas e as flores aquáticas entrelaçando-se entre si. Contudo, elas eram as sombras dos bambus e dos ciprestes.

Quando é que a lua está sem o seu brilho? No local onde não existem ciprestes? Todavia, há poucos homens ociosos como nós os dois.

14 de Agosto – O BODHI SURGE DE UMA GRANDE COMPAIXÃO 

Se um bodhisattva agradece a todos os seres sencientes, então também estará a agradecer e a fazer oferendas a todos os budas.

Se ele honrar e servir todos os seres sencientes, então também estará a honrar e a servir todos os Tathagatas.

Se ele dá a felicidade a todos os seres sencientes, então também estará a providenciar a felicidade para todos os budas.

Porque é que isto é o caso? Porque uma mente de uma grande compaixão é a essência de todos os budas. É porque existem seres sencientes que a grande compaixão se desenvolve. É a partir da grande compaixão que a mente bodhi se manifesta. E é devido à mente bodhi que os budas conseguem alcançar a perfeita iluminação.

— retirado de Fascículo Quarenta do Sutra Avatamsaka

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13 de Agosto – MELODIA DA QUEDA DA CHUVA

Enquanto as cigarras cantavam amarga e lamentosamente,

Nós chegávamos ao pagode pelo fim da tarde,

O aguaceiro repentino abranda e pára.

Debaixo da tenda situada fora do portão da cidade,

Ninguém estava com disposição para beber.

Apesar de estar reticente para partir,

O barco de magnólia estava ansioso para zarpar.

De mãos dadas,

E a olhar, olhos nos olhos, lagrimosos,

Engasgamo-nos silenciosamente nas nossas próprias palavras. 

O pensamento de partir,

Atravessando milhares de quilómetros de água em bruma;

Fora que a neblina da tarde estava cerrada,

Mas o céu do Sul era vasto,

Há muito que os românticos sofrem as partidas,

Sem mencionar um Outono tão frio e solitário como este.

Depois desta noite, por onde é que acordarei sóbrio?

Talvez à beira dos salgueiros,

Na brisa da manhã que sopra por baixo da Lua poente.

Terão passado anos depois desta partida.

Entretanto:

Quaisquer bons momentos ou vistas aprazíveis serão um desperdício.

Mesmo que haja inúmeros sentimentos na minha mente,

A quem é que os poderei confidenciar?

— retirado de Coleção Completa dos Poemas Song

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