13 de Agosto – MELODIA DA QUEDA DA CHUVA

Enquanto as cigarras cantavam amarga e lamentosamente,

Nós chegávamos ao pagode pelo fim da tarde,

O aguaceiro repentino abranda e pára.

Debaixo da tenda situada fora do portão da cidade,

Ninguém estava com disposição para beber.

Apesar de estar reticente para partir,

O barco de magnólia estava ansioso para zarpar.

De mãos dadas,

E a olhar, olhos nos olhos, lagrimosos,

Engasgamo-nos silenciosamente nas nossas próprias palavras. 

O pensamento de partir,

Atravessando milhares de quilómetros de água em bruma;

Fora que a neblina da tarde estava cerrada,

Mas o céu do Sul era vasto,

Há muito que os românticos sofrem as partidas,

Sem mencionar um Outono tão frio e solitário como este.

Depois desta noite, por onde é que acordarei sóbrio?

Talvez à beira dos salgueiros,

Na brisa da manhã que sopra por baixo da Lua poente.

Terão passado anos depois desta partida.

Entretanto:

Quaisquer bons momentos ou vistas aprazíveis serão um desperdício.

Mesmo que haja inúmeros sentimentos na minha mente,

A quem é que os poderei confidenciar?

— retirado de Coleção Completa dos Poemas Song

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun