Enquanto as cigarras cantavam amarga e lamentosamente,
Nós chegávamos ao pagode pelo fim da tarde,
O aguaceiro repentino abranda e pára.
Debaixo da tenda situada fora do portão da cidade,
Ninguém estava com disposição para beber.
Apesar de estar reticente para partir,
O barco de magnólia estava ansioso para zarpar.
De mãos dadas,
E a olhar, olhos nos olhos, lagrimosos,
Engasgamo-nos silenciosamente nas nossas próprias palavras.
O pensamento de partir,
Atravessando milhares de quilómetros de água em bruma;
Fora que a neblina da tarde estava cerrada,
Mas o céu do Sul era vasto,
Há muito que os românticos sofrem as partidas,
Sem mencionar um Outono tão frio e solitário como este.
Depois desta noite, por onde é que acordarei sóbrio?
Talvez à beira dos salgueiros,
Na brisa da manhã que sopra por baixo da Lua poente.
Terão passado anos depois desta partida.
Entretanto:
Quaisquer bons momentos ou vistas aprazíveis serão um desperdício.
Mesmo que haja inúmeros sentimentos na minha mente,
A quem é que os poderei confidenciar?
— retirado de Coleção Completa dos Poemas Song
Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun