29 de Abril – EXPLICAR COMO DESEJAMOS 

Como desejamos, assim desejamos, 
Que tudo corra como é desejado. 
Os outros têm os seus desejos, 
Eu tenho os meus desejos. 
Concretizar os desejos de outros 
Pode não concretizar os meus desejos, 
Concretizar os meus desejos, 
Pode não concretizar os desejos dos outros. 
Concretizar os meus desejos e dos outros, 
Pode não concretizar os desejos do Céu. 
Como desejamos, assim desejamos, 
Que tudo corra como é desejado. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun

28 de Abril – LER E COMPORTAR-SE COM INTEGRIDADE 

Aprender a ser humano é um processo de aprendizagem que começa desde uma idade muito tenra. Mesmo quando nos tornamos mais velhos, é necessário continuar os nossos esforços diligentemente enquanto vamos aprendendo e praticando esta ideia. Tal como diz o ditado, “vive e aprende até à velhice.” O processo de aprendizagem em relação aos nossos comportamentos é interminável. Os alunos de uma escola podem graduar-se, mas os seres humanos nunca se graduam da vida. Mesmo no momento da nossa morte, ainda somos um ser humano que precisa de fazer aquilo que é necessário. Por isso, um processo de crescimento como este só acaba com a nossa morte. 

Como é que o ato de estudar pode elevar-nos para um nível mais alto de humanidade? Porque, por meio dos livros, podemos conhecer todo o tipo de pessoas que vivenciaram experiências de vida superiores, e os seus sentimentos profundos poderão ajudar a servir-nos de exemplo. Estas pessoas são aquelas que emergiram no meio de milhões e milhares de pessoas, e cujas lendas conseguiram passar o teste do tempo. A título de exemplo pense-se em Confúcio, será que existiu alguém exímio o suficiente para que se compare a ele? Para além disso, nós veneramos e admiramos pessoas como Jesus, Sakyamuni Buddha, ou Muhammed, simplesmente pelo tipo de seres humanos que foram. Não há lendas que perdurem no tempo sobre alguém que se tornou um milionário ao ganhar a lotaria. Nem os presidentes ou os imperadores são tão bem recordados ou admirados. Se desejam verdadeiramente tornar-se mais humanos, o que se segue será suficiente para te beneficiar para o resto da tua vida, “Nutre um sentimento e eleva a tua espiritualidade”. 

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27 de Abril – A VIDA SOB A PERSPETIVA DE UM JOVEM 

Caros jovens amigos, sem dizer respeito à vossa naturalidade e pureza, vocês têm por hábito limpar frequentemente as poeiras da vossa mente? 

Para nutrir verdadeiramente o vosso próprio poder, alguma vez permaneceram sem medos frente às pressões, revoltaram-se contra a autoridade, e ultrapassaram obstáculos, para que se pudessem enraizar profundamente no solo da história e da cultura, absorvendo os seus nutrientes e as suas nascentes escondidas? 

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26 de Abril – UM CLÁSSICO DE MIL CARACTERES 

Corrige os erros quando são identificados, 
e esquece as capacidades que adquiriste. 
Não fales das falências dos outros, 
e não estejas convencido das tuas próprias capacidades. 
Admira só a conduta dos virtuosos, 
e evita o desejo de te tornares um sábio. 
Estabelece a virtude e o bom nome, 
e mantém uma imagem decente e reta. 
As calamidades acumulam-se devido ao mal, 
a virtude é celebrada pela boa sorte e as bênções. 
Um pé de jade não é um tesouro, contudo, 
é proveitoso lutar por um momento no tempo. 
Ajuda o teu pai e serve o teu rei, 
fala com solenidade e respeito. 
Faz o teu melhor para ser filial, 
e dedica a tua vida em função da lealdade. 

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25 de Abril – FÉ NA MENTE (EXCERTO) 

Não é difícil alcançar o Caminho, 

Exceto quando há preferências; 

Só é preciso não amar ou odiar, 

Para perceber rigorosamente porquê. 

A luta entre a rejeição e a aceitação, 

É só uma doença da mente; 

Ao não se aperceber do profundo objetivo, 

A quietude da mente será fútil. 

Não persigas nenhuma condição da existência, 

Nunca te resignes na paciência da vacuidade; 

Com um sentido de igualdade, 

Tudo se extinguirá naturalmente. 

Assim que os conceitos de certo e errado existem, 

O caos começará na mente, 

Os Seis Objetos* nunca foram impuros, 

São apenas equivalentes à Iluminação. 

Sonhos, ilusões e a flor no céu, 

Não valem o esforço de se agarrar; 

Seja o ganho, a perda, o certo, e o errado, 

Deixa-os ir de uma vez por todas. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun

24 de Abril – UM MUNDO ONDE NÃO SE OLHA E ESCUTA 

Ao confrontar estas palavras, eu fechei os meus olhos e parei de observar. Num mundo de escuridão, acendi uma luz na minha mente e encontrei nesse sítio – na minha mente – tudo aquilo que existia na terra. Aprendi a olhar interiormente, não para o exterior; para o não-existente, ao invés do existente; para o real, em vez do ilusório; para mim próprio, não para os outros. 

Há três meses atrás, ao caminhar por um corredor longo, abri novamente os meus olhos. As paisagens – as montanhas verdes e os corpos de água, as nuvens brancas num céu azul e aberto – eram demasiado belas para ser totalmente apreciadas. Após um período de autorreflexão, percebi que as colinas e a água continuavam como sempre as vi, mas os sentimentos que eu sentia agora eram muito diferentes dos que sentira no passado. 

Até este dia, consigo ainda caminhar na escuridão ou subir as escadas com facilidade – sem usar os meus olhos. Neste mundo, as coisas poderiam ser percecionadas de uma forma mais fiel se usássemos a nossa mente em vez dos nossos olhos físicos. 

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23 de Abril – A PRÁTICA DE UM BODHISATTVA 

Como é que um Bodhisattva mantém a sua determinação firme e sem regressão? 

1. Ao suscitar a grande compaixão nas mentes por todos os seres sencientes; 

2. Ao persistir no seu trabalho de uma forma zelosa e incansável; 

3. Ao acreditar e entender que a vida e a morte são como sonhos ilusórios; 

4. Ao possuir um pensamento verossímil quanto à sabedoria dos budas. 

Como é que um Bodhisattva se assegura que a Mente Bodhi nunca se perde de uma vida para outra? 

1. Ao ter sempre a consciência do Buda 

2. Ao contemplar constantemente a sabedoria Bodhi por meio das ações meritosas; 

3. Ao ter bons e virtuosos amigos; 

4. Ao louvar os ensinamentos de Mahayana. 

Como é que um Bodhisattva percebe minuciosamente a prática de um conjunto de habilidades entre os seres sencientes? 

1. Ao beneficiar os seres sencientes; 

2. Ao alegrar-se com as ações meritosas de outros 

3. Ao arrepender-se e ao eliminar as suas transgressões 

4. Ao solicitar e convidar a presença de todos os budas. 

Como é que um Bodhisattva permanece inabalável em relação aos outros e pratica autonomamente as Seis Perfeições? 

1. Ao guiar os outros com generosidade; 

2. Ao não difamar os outros ou falar dos seus defeitos; 

3. Ao saber minuciosamente as Amplas Virtudes; 

4. Ao perceber o Dharma profundo. 

Como é que um Bodhisattva se assegura que as sementes da Iluminação nunca serão interrompidas? 

1. Ao não romper com os seus votos iniciais; 

2. Ao praticar aquilo que pregamos; 

3. Ao desejar ser diligente; 

4. Ao comprometer-se totalmente com a prática do Caminho do Buda. 

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22 de Abril – O MUNDO CHAN

A atitude que um praticante de Chan demonstra face ao céu e à terra é uma de respeito a cada momento, não faltando a nenhuma oportunidade para o demonstrar.

O praticante de Chan tem uma mente comum para lidar com os afazeres diários, uma mente pura para construir um futuro melhor, e uma mente que está presente “no momento” para encarar a vida a partir de um nível ainda mais superior.

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21 de Abril – SILÊNCIO 

Para aqueles que alcançaram o Caminho, há muito que deixaram de se apegar às impurezas e às preocupações; são naturalmente capazes de apreciar melhor um estado de silêncio. E por silêncio há que entender que não se trata de morder os nossos lábios, mas sim de não ter nada para dizer à partida. Tal como o ditado diz, “Aquele que sabe, não fala, e aquele que não sabe, fala.” Quando o Buda levantou a flor durante a reunião no Pico do Abutre, toda a congregação permaneceu em silêncio. Só Mahakasyapa esboçou um sorriso. Este encontro das mentes ultrapassa as mil palavras. 

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20 de Abril – MENTE PACÍFICA, PAZ PACÍFICA 

Estar em vantagem cria a condição para que mais tarde estejamos em desvantagem; estar em desvantagem sinaliza o princípio para que mais tarde estejamos em vantagem. 

A nossa perda será o benefício de outros. Exteriormente, os ganhos são a calma que os outros conseguem adquirir para si, enquanto que interiormente, é a paz de espírito que cultivamos para nós mesmos. Ao ter ambas a calma e a paz, seremos abençoados com boa sorte. 

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