27 de Janeiro – O SEGREDO DA LONGEVIDADE

Se salvares vidas que estão à beira da morte,
O Céu salvar-te-á quando estiveres à beira da tua,
Não há outras maneiras de prolongar a vida,
Porque a longevidade não é nada mais
que nos abster de matar e de liberar vidas. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

26 de Janeiro – A MÃO HABILIDOSA QUE RENUNCÍA A BRACELETE DE JADE

De acordo com o Ekottarikagama (Gradual Discourses of the Buddha), “A força de uma criança reside nas suas lágrimas, a força de uma mulher reside no seu charme, a força de um rei reside no seu poder e influência, a força de um arhat reside na escassez do seu desejo, a força de um monástico reside na sua paciência, e a força do bodhisattva reside na sua compaixão.” A paciência é forte, estável e temperante. É necessária uma mão habilidosa para produzir uma bracelete de jade, e só um artista paciente poderá criar uma obra de arte perdurante. Só quando as pétalas da ameixoeira são purificadas pela geada e pela neve é que ganham a sua fragrância.

Se uma pessoa não experienciar e tolerar pacientemente as adversidades da vida, ela nunca irá contar como um entre os vários ilustres. Mencius disse, “[que] é por isso que quando o céu está prestes a colocar uma grande responsabilidade sobre um homem, ele testará a sua determinação, exaustará o seu corpo, o fará sofrer por meio da fome e das adversidades, frustrando os seus esforços. Desta forma, a sua paciência e resistência será desenvolvida, e a sua fraqueza superada.” Claramente, se uma pessoa for para ser bem-sucedida, terá de tolerar o intolerável e realizar o irrealizável.

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25 de Janeiro – TOMAR REFÚGIO NA JOIA TRÍPLICE, OLHAR A SUL DO RIO

Ao tomar refúgio no Buda, três Asamkhyeya Kalpas passam num piscar de olhos. Eu faço o juramento de alcançar uma iluminação inigualável, e de regressar a este local de prática quando aparecer um Buda capaz de agir com sabedoria e compaixão.

Ao tomar refúgio no Dharma, apesar dos dharmas serem inconcebíveis, eu faço o juramento de acalmar sempre os seis sentidos, com um coração à semelhança de uma lua feita de joias, brilhando como lápis-lazúli, e compreendendo o Dharma sem dúvidas.

Ao tomar refúgio no Sangha, eu faço o juramento de viver pacificamente e livre de desejos, acompanhado dos Quatro Comportamentos*. Juro viajar até às inúmeras terras do Buda, nunca esquecendo os sábios das dez direções, extinguindo sempre o sofrimento do Samsara. 

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24 de Janeiro – Mote

Não digas que um pensamento de dissimulação pode ser permitido, pois o céu, a terra, os deuses e os espíritos estão a observar-te.

Não digas que um discurso descuidado não importa, pois aqueles que te rodeiam escutam-te mais atentamente do que tu possas pensar.

Não digas que certas circunstâncias podem ser ignoradas, pois poderão tornar-se numa questão de vida ou de morte.

Não digas que um momento de imprudência pode ser permitido, pois as represálias poderão cair sobre os teus descendentes.

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23 de Janeiro – O TEMPLO DO REI DO DHARMA, DENGFENG

Sê uma boa pessoa, com uma mente que é recta, com um corpo que está relaxado, e com um espírito que está em paz.
Pratica algumas boas acções, que serão detectadas pelo Céu e a Terra,
e apreciadas pelos deuses e espíritos.

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22 de Janeiro – O CAMINHO DA VIDA

O talento é como uma faca que tem o trabalho assegurado para a pedra de amolar. Não importa quão afiada é a sua lâmina, eventualmente irá enferrujar se não for constantemente afiada.

A humildade faz a mente ser mais compacta. Tal como um seixo, que, apesar de pequeno, é resistente. Só a resistência faz uma pessoa ser genuína.

A arrogância e a presunção são uma armadilha horrível. E o pior é que são armadilhas cavadas pelas nossas próprias mãos.

A vida é um movimento que acontece ao abrigo da luz e da escuridão. entre as direções da esquerda e da direita, e sob o sol e a chuva. Aquilo que é engraçado nestas constantes alterações é que o caminho que gradualmente pareceu escurecer voltou a aclarar-se; o escurecimento faz a vida ficar interessante, enquanto que a luz ilumina tudo.

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21 de Janeiro – PENSAMENTOS SOBRE A LEITURA

A lagoa quadrada, de acre e meio, é como um espelho;
A luz dos céus,
e as sombras das nuvens, vão e vêm juntas.
Como pode a corrente ser assim tão transparente?
Porque a sua fonte original provém da água nascente.

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20 de Janeiro – VISITA INICIAL AO PENHASCO VERMELHO

Sabes também acerca da água e da lua? A água flui continuadamente, ainda assim, a sua essência nunca partiu. A lua continua a aparecer e a esvanecer, ainda assim, a sua esfera nunca aumentou ou diminuiu.

Observando pela perspetiva da mudança, o céu e a terra nunca deixaram de se alterar por um instante; observando pela perspetiva do imutável, todos os assuntos e o “eu” são infinitos. Como tal, o que há para ter inveja?

Para além disso, tudo o que está entre o céu e a terra tem o seu dono legítimo. O que não te pertence, não te deve ser retirado, nem na mais ínfima parte. Só a brisa fresca sobre o rio, a lua brilhante entre as montanhas, aquilo que é escutado pelo ouvido como o som, e visto com os olhos como a forma, são as coisas que podes adquirir livremente e usar sem limite. Tal é o tesouro inacabável do universo que tu e eu desfrutamos.

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19 de Janeiro – PAGODE YUEYANG

Não retires prazer das posses materiais, 
Não expresses autocomiseração. 
Ocupantes do átrio do palácio preocupam-se pelo seu povo; 
Habitantes de distritos remotos preocupam-se pelo seu soberano. 
Progresso causa preocupação, 
Retrocesso também causa preocupação; 
Quando chegará por fim um momento de felicidade? 
Quando um for capaz de 
Encarar como principal preocupação os assuntos do estado, 
E colocar como seu último objetivo a sua própria diversão. 

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18 de Janeiro – QUANDO A DESVANTAGEM SE TORNA VANTAGEM

A lei do céu funciona de tal maneira que a arrogância trará o mal, enquanto que a modéstia atrai o benéfico. Os espíritos e divindades seguem estas regras, causando as perdas aos que são presunçosos e ajudando aqueles que são modestos.

Desde os tempos antigos, houve ditados bem conhecidos que diziam que a tolerância e a cedência conseguiam erradicar inúmeras calamidades, e nunca que a tolerância e a cedência os causariam.

A prática da tolerância e da cedência começa nas pequenas coisas; da mesma forma como aqueles que estão na prisão também começaram com pequenas coisas. A propósito dos assuntos mundanos, quando um tem a capacidade de tolerar pequenos inconvenientes, estará menos suscetível a encontrar problemas mais sérios. Quando um tem a capacidade de aceitar pequenas desvantagens, estará menos suscetível a encontrar maiores.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.