17 de Janeiro – GRANDE BONDADE E COMPAIXÃO

Com grande e ternurenta bondade daremos conforto e felicidade a todos, 
Com grande compaixão, devemos liberar todos dos sofrimentos da vida; 
Para liberar seres humanos, devemos liberar todos em qualquer nação e de qualquer condição de vida. 
Para liberar o mundo, devemos beneficiar todos os seres sencientes. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

13 de Janeiro – METADE E METADE

Metade é dia, e metade é noite; 
Metade é bom, e metade é não gentil. 
Metade são homens, e metade são mulheres; 
Metade é real, e outra metade são mentiras. 
O mundo do Buda é uma metade, 
e a outra metade é Mara; 
Metade para ti, metade para mim, 
Neste mundo, ninguém consegue conquistar a outra metade. 
Esforça-te pela melhor metade, 
A pior metade diminuirá naturalmente. 
Aceita a metade que é bela, 
Tolera a metade que é menos boa, 
Isto para uma vida que tudo abarque.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

12 de Janeiro – OS MÉRITOS DA PACIÊNCIA

Ser paciente ou impaciente é geralmente um forte indicador de uma pessoa ser digna, ou não, de respeito. A maior força deste mundo é o poder da paciência. Pode transformar-nos numa pessoa de honra. Por exemplo, ser capaz de permanecer paciente apesar da fome, da pobreza, da ganância, da ira, do sofrimento, e das dificuldades; tal poder nem é comparável à meditação ou ao cumprimento dos preceitos, pois os méritos da paciência são vastos e dão origem a conquistas ilimitadas.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

10 de Janeiro – A ARTE DE VIVER

Para ele, nada é mau neste mundo; tudo é bom. Um pequeno hotel é bom, a classe económica é boa, o alojamento é bom, um tapete esfarrapado é bom, uma toalha gasta é boa, a couve é boa, a cenoura é boa, correr é bom. Tudo tem um sabor e tudo é fantástico.

Mas que perspetiva esta! Sem fazer ainda menção à posse desse estado espiritual de mente, a capacidade de estar num tal estado a meio das tarefas diárias e triviais não simbolizará, por si, uma atitude artística e de bom grado perante a vida? Para os outros, parece que está a enfrentar dificuldades; para mim, parece-me que está só a disfrutar da vida. Tendo visto a expressão na sua cara enquanto mastigava a cenoura e a couve, tal alegria e prazer demonstrou-me que só um homem como ele poderia apreciar o verdadeiro sabor desses vegetais. Ao ser livre de qualquer partido ou preconceito, ele mantém essa individualidade que lhe permite observar e experienciar de forma simples todas as vertentes da vida. Esta é a verdadeira liberdade e deleitamento.

A Arte e a religião partilham, de facto, um objetivo em comum. Qualquer um que se prenda ao lucro ou ao preconceito, incapaz de saborear até as coisas mais pequenas da vida, não conseguirá partilhar nenhuma conexão com a arte. A verdadeira arte não é exclusiva aos quadros ou aos poemas, pelo contrário, pode ser adquirida e encontrada em toda e qualquer parte.

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9 de Janeiro – A CANÇÃO DO BOM TÉRMINO

O mundo inteiro sabe o bom que é uma vida celeste, ainda assim, é incapaz de colocar o mérito e a fama de parte. Onde estão agora aqueles generais e ministros do passado? Todos sepultados por baixo de túmulos ruídos, hoje superados apenas pelo número de ervas daninhas.

O mundo inteiro sabe o bom que é uma vida celeste, ainda assim, é incapaz de colocar o ouro e a prata de parte. Focam sempre o seu ressentimento na acumulação insuficiente de riqueza; finalmente, quando chegou a abundância, os seus olhos estavam já fechados.

O mundo inteiro sabe o bom da vida celeste, ainda assim, é incapaz de colocar as suas belas esposas de parte. Enquanto estás vivo, elas falam todos os dias sobre o amor e a gratidão, mas, no momento em que morres, deixam-te só para estar com outra pessoa.

O mundo inteiro sabe o bom da vida celeste, ainda assim, é incapaz de colocar os seus filhos e netos de parte. Pais leais desde sempre os houve em demasia, mas quantos destes é que viram filhos e netos de família?

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8 de Janeiro – ELIMINAR AS PALAVRAS VULGARES

Honras e riquezas, tais nuvens flutuantes nunca valerão a pena vangloriar,
Pessoas e modas são apenas algo excessivamente dispendioso;
Casualmente projeto estas duas palavras com qualquer um que eu cruze caminho,
Empenho e parcimónia, estas serão as bases do sucesso 

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7 de Janeiro – PENSAMENTOS DEDICADOS AO MEU FILHO

Os do passado não pouparam esforços no que toca à aprendizagem,
Trabalho árduo durante a juventude não verá frutos até ao envelhecer;
Conhecimento adquirido no papel ainda assim parecerá superficial,
Para entender isto cuidadosamente, há que experienciar tudo pessoalmente.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

6 de Janeiro – POEMA SOBRE A CONDESCENDÊNCIA PARA INSTRUIR

Só tu conhecerás a sinceridade da tua conduta, 
Quem mais poderá decidir as causas da tua fortuna ou desgraça? 
Retribuições kármicas, Bem ou Mal, apenas são inevitabilidades, 
Mais cedo ou se mais tarde? É essa diferença a única coisa em questão. 
Durante os tempos livres, reflete os afazeres da tua vida 
Medita e contempla a tua conduta diária, 
Foca a tua mente constantemente naquilo que é justo, 
E naturalmente, o céu e a terra jamais te trairão. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

5 de Janeiro – SOBRE A ILUMINAÇÃO

Com as mãos, planto um campo repleto de sementes de arroz,
Ao baixar a minha cabeça, descubro um céu na água;
Purificar as seis raízes sensoriais é o verdadeiro Caminho
Um passo atrás é, na verdade, um passo em frente.
Todos estes dilemas do certo-errado, do amor-ódio
Se pensar cuidadosamente, que podem eles fazer-me a mim?
Para expandir a minha mente, a paciência é fundamental,
Há que abrir o coração, e deixar as coisas ser como elas são
Caso uma alma gémea seja encontrada, não devemos, contudo, passar os nossos limites;E mesmo que se descubra um inimigo, não devemos, contudo, deixar de procurar a coexistência.
Se estes problemas se resolverem,
As Seis Perfeições serão eventualmente alcançadas.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

4 de Janeiro – ONDE RESIDE A FELICIDADE

Um cachorro e um cão idoso viviam juntos. Um dia, ouvindo dizer que a felicidade de um cão residia na sua cauda, o cachorro começou a correr em círculos na tentativa de a apanhar.

O cão idoso riu-se e disse, “Encontro a felicidade ao caminhar em frente, sem me arrepender do passado, sem ter nenhum medo do presente, e sem reter nenhuma preocupação em relação ao futuro. Desde que eu caminhe em frente, a felicidade residente na minha cauda acompanhar-me-á.”

Onde reside a felicidade? A Suspeita distancia-nos da felicidade. A Dúvida ensurdece-nos para os chamamentos da felicidade. A Inveja confunde-nos acerca da verdadeira Felicidade. A Ilusão faz com que renunciemos à felicidade que se nos apresenta de braços abertos. Porque continuamos nós a rezar ao divino pela felicidade ou a suplicar ao Buda um caminho para a encontrar? A Felicidade residiu sempre no nosso coração.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.