16 de Janeiro – BELO CORAÇÃO, BELO MUNDO

O belo mundo começa connosco. Quando damos por nós a queixar-nos da rejeição nas relações interpessoais, devemos alterar essa situação ao emanar o carinho por nós mesmos. Quando nos sentimos impotentes no meio de uma sociedade caótica, devemos começar a mudança pelo acatamento das regras e mantendo a nossa inocência por meio da autodisciplina. Quando suspiramos em relação às imposições das tendências utilitaristas, porque não encetar uma mudança ao nos tornarmos mais compassivos, carinhosos, equânimes e altruístas? A construção de um novo e belo mundo começa no coração de cada um de nós. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.

15 de Janeiro – PÉS PELO FUNDO DO OCEANO

Zhu Yuanzhang (1328 – 1398, Dinastia Ming)

O céu é o meu toldo e a terra a minha manta.
O sol, a lua e as estrelas acompanham-me nos meus sonos;
À noite não me atrevo a esticar totalmente as minhas pernas,
Com medo de colocar os meus pés pelo fundo do oceano.

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14 de Janeiro – PRATICAR OS PRECEITOS

Não difames nem sejas invejoso,
Cumpriremos com os preceitos.
Contenta-te com a nossa dieta, desfruta dos teus tempos livres.
Uma mente concentrada apraz-se com as práticas zelosas,
Este é o ensinamento dos Budas.

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13 de Janeiro – METADE E METADE

Metade é dia, e metade é noite; 
Metade é bom, e metade é não gentil. 
Metade são homens, e metade são mulheres; 
Metade é real, e outra metade são mentiras. 
O mundo do Buda é uma metade, 
e a outra metade é Mara; 
Metade para ti, metade para mim, 
Neste mundo, ninguém consegue conquistar a outra metade. 
Esforça-te pela melhor metade, 
A pior metade diminuirá naturalmente. 
Aceita a metade que é bela, 
Tolera a metade que é menos boa, 
Isto para uma vida que tudo abarque.

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12 de Janeiro – OS MÉRITOS DA PACIÊNCIA

Ser paciente ou impaciente é geralmente um forte indicador de uma pessoa ser digna, ou não, de respeito. A maior força deste mundo é o poder da paciência. Pode transformar-nos numa pessoa de honra. Por exemplo, ser capaz de permanecer paciente apesar da fome, da pobreza, da ganância, da ira, do sofrimento, e das dificuldades; tal poder nem é comparável à meditação ou ao cumprimento dos preceitos, pois os méritos da paciência são vastos e dão origem a conquistas ilimitadas.

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11 de Janeiro – PORQUE DEVEM OS JOVENS LER

A maior razão pela qual lemos é para que nos livremos da mediocridade. A mediocridade é uma atitude que procura passivamente meios para sobreviver. Não falta nada às pessoas medíocres; são apenas indolentes em relação às excitações deste mundo, ao decurso da história humana, à sacralidade da justiça suprema ou ao profundo significado da vida. Aquilo que eles não estão a intuir é algo que ninguém, na sua experiência de vida limitada, poderá alguma vez alcançar. Huang Shangu disse uma vez, “A mente sem um enriquecimento de experiências antigas e presentes tornar-se-á a longo prazo numa coisa vulgar. O nosso reflexo no espelho tornar-se-á repulsivo e o nosso discurso soará de mau gosto às pessoas.” Isto é a face da mediocridade. 

Só os livros te podem trazer diante a expansividade do espaço e a infinitude do tempo; só os livros podem dirigir os presentes sinais pairantes da vida nobre na tua direção; só os livros te podem apresentar à sabedoria profunda nesse maravilhoso contraste contra a ignorância e a fealdade. Para que um ser de metro e meio seja capaz de navegar pelo tempo e expandir-se para além dos espaços em algumas poucas décadas, tal milagre deveria ser principalmente atribuído ao acto de ler. 

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10 de Janeiro – A ARTE DE VIVER

Para ele, nada é mau neste mundo; tudo é bom. Um pequeno hotel é bom, a classe económica é boa, o alojamento é bom, um tapete esfarrapado é bom, uma toalha gasta é boa, a couve é boa, a cenoura é boa, correr é bom. Tudo tem um sabor e tudo é fantástico.

Mas que perspetiva esta! Sem fazer ainda menção à posse desse estado espiritual de mente, a capacidade de estar num tal estado a meio das tarefas diárias e triviais não simbolizará, por si, uma atitude artística e de bom grado perante a vida? Para os outros, parece que está a enfrentar dificuldades; para mim, parece-me que está só a disfrutar da vida. Tendo visto a expressão na sua cara enquanto mastigava a cenoura e a couve, tal alegria e prazer demonstrou-me que só um homem como ele poderia apreciar o verdadeiro sabor desses vegetais. Ao ser livre de qualquer partido ou preconceito, ele mantém essa individualidade que lhe permite observar e experienciar de forma simples todas as vertentes da vida. Esta é a verdadeira liberdade e deleitamento.

A Arte e a religião partilham, de facto, um objetivo em comum. Qualquer um que se prenda ao lucro ou ao preconceito, incapaz de saborear até as coisas mais pequenas da vida, não conseguirá partilhar nenhuma conexão com a arte. A verdadeira arte não é exclusiva aos quadros ou aos poemas, pelo contrário, pode ser adquirida e encontrada em toda e qualquer parte.

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9 de Janeiro – A CANÇÃO DO BOM TÉRMINO

O mundo inteiro sabe o bom que é uma vida celeste, ainda assim, é incapaz de colocar o mérito e a fama de parte. Onde estão agora aqueles generais e ministros do passado? Todos sepultados por baixo de túmulos ruídos, hoje superados apenas pelo número de ervas daninhas.

O mundo inteiro sabe o bom que é uma vida celeste, ainda assim, é incapaz de colocar o ouro e a prata de parte. Focam sempre o seu ressentimento na acumulação insuficiente de riqueza; finalmente, quando chegou a abundância, os seus olhos estavam já fechados.

O mundo inteiro sabe o bom da vida celeste, ainda assim, é incapaz de colocar as suas belas esposas de parte. Enquanto estás vivo, elas falam todos os dias sobre o amor e a gratidão, mas, no momento em que morres, deixam-te só para estar com outra pessoa.

O mundo inteiro sabe o bom da vida celeste, ainda assim, é incapaz de colocar os seus filhos e netos de parte. Pais leais desde sempre os houve em demasia, mas quantos destes é que viram filhos e netos de família?

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8 de Janeiro – ELIMINAR AS PALAVRAS VULGARES

Honras e riquezas, tais nuvens flutuantes nunca valerão a pena vangloriar,
Pessoas e modas são apenas algo excessivamente dispendioso;
Casualmente projeto estas duas palavras com qualquer um que eu cruze caminho,
Empenho e parcimónia, estas serão as bases do sucesso 

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7 de Janeiro – PENSAMENTOS DEDICADOS AO MEU FILHO

Os do passado não pouparam esforços no que toca à aprendizagem,
Trabalho árduo durante a juventude não verá frutos até ao envelhecer;
Conhecimento adquirido no papel ainda assim parecerá superficial,
Para entender isto cuidadosamente, há que experienciar tudo pessoalmente.

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