A maior razão pela qual lemos é para que nos livremos da mediocridade. A mediocridade é uma atitude que procura passivamente meios para sobreviver. Não falta nada às pessoas medíocres; são apenas indolentes em relação às excitações deste mundo, ao decurso da história humana, à sacralidade da justiça suprema ou ao profundo significado da vida. Aquilo que eles não estão a intuir é algo que ninguém, na sua experiência de vida limitada, poderá alguma vez alcançar. Huang Shangu disse uma vez, “A mente sem um enriquecimento de experiências antigas e presentes tornar-se-á a longo prazo numa coisa vulgar. O nosso reflexo no espelho tornar-se-á repulsivo e o nosso discurso soará de mau gosto às pessoas.” Isto é a face da mediocridade.
Só os livros te podem trazer diante a expansividade do espaço e a infinitude do tempo; só os livros podem dirigir os presentes sinais pairantes da vida nobre na tua direção; só os livros te podem apresentar à sabedoria profunda nesse maravilhoso contraste contra a ignorância e a fealdade. Para que um ser de metro e meio seja capaz de navegar pelo tempo e expandir-se para além dos espaços em algumas poucas décadas, tal milagre deveria ser principalmente atribuído ao acto de ler.
Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.