A 28 de maio de 2016, realizou-se o 3º Fórum da Cidadania, na cidade de Lisboa, do qual resultou a declaração “Lisboa, cidade com Direitos”, onde estiveram presentes várias associações e instituições, como a BLIA – Buddha’s Light International Association de Lisboa.
BLIA na Festa da Diversidade
Entre 18 e 26 de junho de 2016, a Ribeira das Naus assume-se como porto de chegada para uma
imensa frota de culturas se apresentarem à cidade, com um conjunto de iniciativas que incluem música, dança, gastronomia, artesanato, debates e cinema.
Após um primeiro fim-de-semana onde teve lugar mais uma edição da Festa da Diversidade (coorganizada pela SOS Racismo), com Artistas como Tropicáustica, Tó Trips, Bonga, Guto Pires, Tocá Rufar, Tiago Pereira, Pedro Branco e Selma Uamusse, entre muitos outros, a iniciativa foi
marcada pela Marcha do Orgulho LGBTI, que este ano também desaguou na Ribeira das Naus.
Durante a semana, nos dias 20 e 24, houve cinema ao ar livre no início da noite, destacando-se a
sessão dedicada ao Dia Mundial dos Refugiados (20 de junho), após a qual teve lugar um espetáculo co-organizado com o Conselho Português para os Refugiados.
O nosso agradecimento a todos os voluntários da BLIA por estarem presentes e auxiliarem nesta festa da diversidade.
O Fórum Municipal da Interculturalidade 2016 (co-organizado pelo Conselho Municipal para a
Interculturalidade) encerrará a programação, com destaque para o Ratha Yatra, pela primeira vez
realizado em Portugal, que irá trazer as tradicionais “carruagens” numa enorme caravana, do Largo do Intendente até à Ribeira das Naus, em ambiente de grande festa e celebração, juntando-se às múltiplas atividades e expressões culturais que aí decorrem, com sons, movimentos, objetos, línguas, aromas e sabores das quatro partidas do mundo.
A diverCIDADE 2016 é promovida em parceria com várias entidades que têm desenvolvido relevante trabalho em Lisboa na área dos direitos sociais e interculturalidade: SOS Racismo,
Associação Caboverdeana, Associação Internacional para a Consciência de Krishna, Associação Lusofonia Cultura e Cidadania, Associação Mulher Migrante, Associação para Timorenses, Casa do Brasil, Associação de Refugiados em Portugal, Associação Internacional Buddhas Light, Comunidade Hindu de Portugal, Conselho Português para os Refugiados, Apordoc – Associação pelo Documentário, Culturfaces, entre outras.
O que é o Ch’an
Ch’an (chinês; em sânscrito, dhyāna; em japonês, zen: “meditação” ou “absorção”): O nome do maior movimento, ou escola, de Budismo Chinês que significa, literalmente, “a escola de meditação”.
Esta escola vê-se, geralmente, a si mesma, abstendo-se dos estudos doutrinais, textuais e éticos para favorecer o cultivo de uma realização directa da experiência de iluminação (bodhi) do Buda. A palavra ch’an era originalmente parte de uma palavra composta de dois caracteres “ch’an – na”, uma tentativa de reproduzir foneticamente a palavra sânscrita dhiyāna (meditação).
Com o tempo, o segundo caractere foi abandonado e tornou-se conhecida, simplesmente, como ch’an. As suas técnicas para esse cultivo incluem o estudo de kōans e da “iluminação silenciosa”
(chinês, Mo-zhao Ch’an). O primeiro envolve a contemplação de uma história curta sobre os mestres iluminados do passado ou frases enigmáticas que empurram o praticante até aos limites da racionalidade, na tentativa de irromper numa percepção directa da realidade. O segundo, frequentemente desenvolvido em oposição ao primeiro, envolve, simplesmente sentar-se sem qualquer conteúdo ou forma mental em particular a fim de perceber que a sua budeidade já é completa e perfeita como ela é.
Fonte: Glossário do livro Budismo Puro e Simples, Ven. Mestre Hsing Yun
BLIA nas festas da (Diver)Cidade 2016
A BLIA irá participar nas festas da (Diver)Cidade 2016 que este ano se realizam de 20 a 26 de Junho.
Banca de divulgação
Nos vários dias estaremos até às 22h00. Os membros e amigos da BLIA que possam ajudar como voluntários, por favor, contactem-nos para o email geralg2@ibps.pt
- 20 – 10:00 montagem
- 24 – 16:00
- 25 – 15:00
- 26 – 12:00
Actividades para o público
Os membros da BLIA irão participar com dois espectáculos no Domingo dia 26 de Junho:
Domingo, 26
- 15.00 Dança Leão
- 15.30 Dança Dun Huang
O Yogāchāra
Yogāchāra (sânscrito “prática da “yoga”): Uma importante escola Mahāyāna que surgiu no século IV E.C., vista pelos seus fundadores como um antídoto às dificuldades epistemológicas e soteriológicas inerentes à Madhyamaka mais tardia. A escola é também conhecida como Vijñānavāda (O Caminho da Consciência) aludindo aos seus interesses epistemológicos. O termo citta-mātra (mente apenas) é também, algumas vezes, aplicado a ela. As origens da escola Yogāchāra estão envoltas em mistério, não obstante pesquisas recentes sugerirem que ela teve ligações explicitas com a escola Gandhāra dos Sarvāstivāda – também conhecida como
Sautrāntika ou Mūla– sarvāstivāda – que não aceitava as teorias da literatura Vibhāshā produzida pelo ramo Sarvāstivāda de Caxemira.
Os fundadores da escola eram Maitreyanātha, Asanga e Vasubandhu, cada qual contribuindo com nuances inovadoras, com adições importantes feitas por comentaristas posteriores tais como
Sthiramati e Dharmapalā. A Yogāchāra floresceu na Índia até o século VIII E.C., quando gradualmente se uniu com uma forma modificada da Svātantrika-Madhyamaka, assim combinando os melhores elementos das duas escolas. Outros membros posteriores da Escola Yogāchāra, tais como Dignāga e Dharmakīrti, também fizeram contribuições germinais para o desenvolvimento da lógica (pramāna) budista. A Yogāchāra foi levada à China graças aos
esforços de Paramārtha e Xüan-zang, este sendo responsável pela introdução da interpretação idealista e ontológica do Dharmapalā por intermédio do seu professor Sīlabhadra. A Yogāchāra foi também introduzida e amplamente estudada no Tibete, mas aí, a sua compreensão correcta foi comprometida pelo viés Madhyamaka predominante reflectido na tradicional doxologia tibetana.
O código básico de escrita das teorias da Yogāchāra é o Sandhinirmocana Sūtra com esboços anteriores no Sūtra Dasabhumika e o Sūtra Avatamsaka. Algumas vezes o Sūtra Lankāvatāra é citado erroneamente como um trabalho da Yogāchāra, mas este sincrético texto mais tardio, que combina conceitos do tathāgata-garbha com elementos da teoria da Yogāchāra, não era conhecido pelos fundadores da Yogāchāra e, assim, não deve ser enumerado entre os trabalhos autênticos da escola. Trabalhos atribuídos de forma variada a Maitreyanātha, Asanga e Vasubandhu incluem o Abhidharma-samuccaya, o Dharma-dharmāta-vibhāga, o Madhyanta-
vibhāga-kārikā, o Mahāyāna-samgraha, o Mahāyāna-sūtrālamkāra, o Tri-svabhāva-nirdesa, o Trimsikā, o Vimsatikā e o enciclopédico Yogā-cārabhumi Sāstra.
O pensamento Yogāchāra representa, sem dúvida alguma, a filosofia mais complexa e sofisticada desenvolvida pelo budismo indiano, mas esta riqueza criou consideráveis dificuldades para se
avaliar correctamente as suas doutrinas. Era comum ver a Yogāchāra como uma forma budista de idealismo, devido a uma falta de pesquisa baseada nos autênticos textos Yogāchāra, combinada
com distorções encontradas na literatura de segunda ordem do Tibete e da Ásia Ocidental (literatura essa baseada nas tendências mais tardias da Yogāchāra). Uma nova geração de estudiosos tem mostrado, gradualmente, que essa compreensão é enganadora e inadequada e sugerem que a antiga Yogāchāra é na realidade um sistema epistemológico e não ontológico.
Como sugere o seu nome, as doutrinas e teorias centrais Yogāchāra derivam, particularmente, de experiências de meditação e dizem respeito a dois temas básicos, interconectados: a natureza
da mente e a natureza da experiência. Para explicar todos os aspectos e funções da mente, oito aspectos ou modos de consciência são distinguidos – o ālaya-vijñāna, a mente aflitiva (klista-manas) e as seis tradicionais consciências de visão, audição, olfacto, paladar, tacto e pensamento. Enquanto os seres não iluminados passarem por renascimentos no samsāra, um fluxo de marcas (bīja ou vāsanā), originados de experiências e acções, são implantados nas suas mentes, permanecendo dormentes até que circunstâncias favoráveis ocorram para que eles manifestem
seus conteúdos na forma de um dualismo ilusório, do sujeito experimentador e dos objectos experimentados.
O aspecto da mente envolvida neste processo é o substrato ou a consciência reservatório (ālaya-vijñāna) que, por meio dos efeitos dessas marcas, produz também, de maneira sequencial, modos
adicionais de consciência subjectiva, assim como os seus conteúdos percebidos. Estas são as mentes aflitivas (klista-manas) que geram a ideia de eu (ātman) por meio da sua percepção confusa do ālaya-vijñāna e tingem as Seis Consciências remanescentes com distorções cognitivas e emocionais que predispõe um ser à criação de mais marcas. Desse modo, toda experiência não iluminada é fabricada pelos vários aspectos da mente, na medida em que ela gera um falso eu e projecta objectos ilusórios sobre a realidade.
A natureza ontológica da realidade não é discutida, ainda que fique claro, devido a antigos textos Yogāchāra, que se pensa que os simples objectos (vastu-mātra) que compreendem a realidade
existam independentemente do indivíduo, embora nunca sejam directamente experimentados pelas mentes dualísticas dos não iluminados. A maneira como os seres experimentam o mundo
é mais completamente descrita, em detalhes, por meio da inovadora doutrina Yogāchāra das “três naturezas” (tri-svabhāva): a imaginada (parikalpita), a dependente (paratantra) e as naturezas
consumadas (parinishpanna).
Quando todas as insalubres predisposições implantadas forem eliminadas do ālaya-vijñāna de um indivíduo e o falso dualismo de um eu que percebe e dos objectos percebidos for totalmente
abandonado no momento da iluminação ou nirvāna, uma transformação ocorre, na qual vários aspectos da mente se transformam nas Consciências do Buda (buddha-jñāna) – a ālaya-vijñāna torna-se a Consciência Espelhada; a mente aflitiva torna-se a Consciência da Uniformidade; a consciência de pensamento (mano-vijñāna), a Consciência Investigadora e as restantes consciências de percepção tornam-se a Consciência da Actividade Aperfeiçoada.
Cada uma dessas consciências é uma faceta da iluminação e, ao contrário das consciências comuns, é não conceptualista e não dual, capaz de experienciar a realidade directa e autenticamente.
A escola Yogāchāra também fez grandes contribuições à budologia refinando as teorias que dizem respeito aos Três Corpos (trikāya) e às cinco consciências; para a soteriologia, com o Caminho de Cinco Etapas e para a hermenêutica, com a doutrina das Três Voltas da Roda do Dharma.
Iniciou o grupo de estudos da BLIA em Guimarães
A BLIA tem agora um grupo de estudos também em Guimarães, às terças-feiras, pelas 19h00.
A entrada no grupo de estudos é gratuita, mas caso tenham oportunidade, podem associar-se na BLIA, como auxílio às actividades do Templo e da Associação.
Morada: Av. São Gonçalo, 1512, 4835 – 104 Guimarães
O Budismo Humanista
O Budismo Humanista, como fé, nunca pode ser muito vasto, muito profundo, ou muito considerável, pois incorpora todos os dharmas.
É sobre auto-purificação, auto-gestão e auto-educação.
O propósito da cultivação colectiva é manter o respeito mútuo das condutas de cada um, valores comuns, distribuição equitativa de benefícios, coexistência social harmoniosa, discurso bondoso e compassivo e alegria mental da realização espiritual.
Este conceito de harmonia colectiva, introduzida por Buda, quando estabeleceu a primeira comunidade monástica, é verdadeiramente o que o Budismo Humanista advoga hoje.
“O meu entendimento sobre Budismo Humanista”, pelo Venerável Mestre Hsing Yun (Traduzido pela Ven. Miao Guang)
Retiro de meditação e celebração dos 50 anos em Taiwan
Em Outubro, o Templo Fo Guang Shan fará 50 anos de fundação e teremos uma celebração muito especial em Taiwan. Esta celebração começará com um retiro de meditação e com uma série de conferências.
Partida a 6 de Outubro, regresso de Taiwan a 16 e chegada a Portugal a 17 de Outubro.
Retiro de Meditação
Programa para retiro de meditação e celebração
Dia 6 – Partida do aeroporto de Lisboa
Dia 7 – chegada Gaosuing. Comboio para kaoshiung
Dia 8 – 9:00 Começa o retiro de meditação
Dia 9 – Retiro de meditação
Dia 10 – Retiro de meditação, deve terminar por volta das 14:00, podemos visitar mosteiro
Dia 11 – Espaço livre da parte manhã para continuação de visita no mosteiro. 14:00 – BLIA conferencia
Dia 12 – BLIA conferencia
Dia 13 – BLIA conferencia
Dia 14 – BLIA conferencia
Dia 15 – BLIA conferencia
Dia 16 – BLIA conferencia, quando terminar ir diretamente a apanhar comboio para Taipei e apanhar voo para regresso
Valor de Inscrição
Os valores contam com a passagem de avião e a data é até 31 de Maio – €1270
Sujeito a confirmação da classe económica de voo
Estudo Semanal na União Budista – 9 de Maio
Atividade semanal
Segundas-Feiras, das 19:00 às 20:30 | Início a 2 de Maio
Meditação- das 19:00 às 19:30 ; Estudo-19:30 a 20:30
DIA 9 de MAIO- Livro “BUDISMO – Significados Profundos” / Capítulo 1 – Como estudar o Budismo
Local: União Budista Portuguesa
Livro: Budismo –Significados Profundos
A fim de promover o Budismo e permitir aos seguidores de Buda cultivar e elevar, através do estudo, da prática, a sua sabedoria, iniciamos um grupo de estudo onde todos poderemos estudar, praticar e trocar ideias.
Desejamos que com esta iniciativa consigamos aplicar os princípios budistas no nosso dia-a-dia, para que a nossa mente desperte e alcance um sublime estado de tranquilidade.
O livro “Significados Profundos” dá-nos uma visão da profundidade penetrante da filosofia Budista. A sua leitura é uma fonte de inspiração e, por si só, remove alguns dos véus que nos obscurecem. A via da Moralidade, da Sabedoria e da Concentração é aqui explanada de forma cativante e inspiradora.
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Dia 9 de Maio – BUDISMO – Significados Profundos / Capítulo 1 – Como estudar o Budismo
Esta semana vamos estudar quais os pilares do estudo do Dharma e estados mentais a adoptar para o estudo do Dharma. Além disto, o capítulo 1 do livro incluí 4 breves histórias para nos ilustrar.
Venham ter connosco para participarem nesta aventura de descoberta e caminharmos juntos para a iluminação!!
Orientadora: Elisa Chuang – Supervisora da Associação Internacional Buddha´s Light de Lisboa. Tomou refúgio na Joia Triplice desde 1995. Aceitou os 5 preceitos no ano de 1996 e tomou os votos de Bodhisatva em 1999. Tem estudado e praticado o Budismo Humanista, com os mestres do Mosteiro Fo Guan Shan, cujo fundador é o Grande Mestre Hsing Yun.
Inscrições: enviar email para inscricoes@uniaobudista.pt
Contribuição: 20 euros mensais ou donativo por sessão. Uma real indisponibilidade financeira não é impeditiva à participação na atividade.
Meditação, Estudo e Cerimónia de Oferenda 7 de Maio






