Gratidão na vida – menção honrosa, concurso de escrita 365 dias para o viajante

Durante a leitura do inspirador livro “365 dias para o viajante” do Venerável Mestre Hsing Yun, deparei-me com diversos excertos que enfatizam a importância da gratidão. A gratidão, na sua essência mais profunda, representa o reconhecimento sincero das coisas boas presentes na vida, ecoando a sabedoria de um provérbio português que proclama “A gratidão é a memória do coração”. Este ditado ressoou profundamente em mim, instigando a lembrar não apenas as grandes bênçãos, mas também os pequenos gestos frequentemente negligenciados.

Esta compreensão não é apenas uma reflexão passageira, mas um pilar essencial na construção do meu entendimento sobre a vida. Aprofundando esta reflexão, notei que muitas vezes consideramos como certas as coisas mais evidentes da vida, muitas vezes sem sequer contemplar a sua origem. Esta consciência levou-me a reconhecer a importância de práticas diárias que cultivam a gratidão, onde as coisas mais aparentemente simples ganham um novo significado quando observadas com uma perspetiva de gratidão. Ao adentrar neste nível mais profundo de compreensão, percebi que a gratidão não é apenas uma resposta ocasional a eventos positivos, mas sim uma postura de vida que se manifesta nas ações diárias. Cultivada através de práticas regulares, tornou-se um lembrete constante das inúmeras bênçãos que permeiam a minha jornada.

Cada palavra dos excertos do livro ecoou como um convite à minha profunda introspeção, levando-me a explorar as inúmeras razões pelas quais sou grata na vida. Desta forma, expressar gratidão tornou-se uma extensão profunda aos pilares fundamentais da minha vida:

  • Família: Expresso profunda gratidão pelos meus pais. A minha gratidão ainda abraça ainda os meus avós e outros familiares. Cada memória partilhada, cada riso partilhado são testemunhos da beleza intrínseca das conexões familiares. Cada um deles contribuiu com apoio emocional, amor incondicional e valiosas lições que moldaram quem sou hoje. São estes laços familiares que enriquecem a minha vida e que me proporcionam um sentido de pertença e de segurança.

Além disso, expresso uma profunda gratidão pelo meu irmão mais novo, que representa um dos maiores presentes que a vida me ofereceu. A sua presença trouxe alegria, companheirismo e uma conexão única que transcende as palavras. Juntos, partilhamos memórias preciosas e enfrentamos desafios, fortalecendo os nossos laços familiares e enriquecendo as nossas vidas de maneiras inimagináveis.

Para completar este círculo de afetos, expresso a minha gratidão pelo meu parceiro de vida, aquele que caminha ao meu lado nos altos e baixos da jornada, aceitando-me integralmente com todas as minhas imperfeições. Agradeço pela sua presença constante, pelo seu apoio incondicional e pelo amor que nutre por mim, mesmo nos momentos mais difíceis. Ele é o meu porto seguro, a minha âncora durante as tempestades, e por isso sou infinitamente grata. O seu carinho, compreensão e capacidade de me ouvir são tesouros inestimáveis que valorizo todos os dias.

Assim, é através destas relações profundas e significativas que a gratidão se manifesta como uma força transformadora na minha vida, tornando-me consciente da riqueza que é ter uma família que não só me apoia, mas que também enriquece a minha jornada com amor, compreensão e inúmeras bênçãos diárias.

  • Saúde e vida: A minha gratidão pela saúde e pela vida é um tributo às batalhas enfrentadas durante períodos de doença, uma jornada que me conferiu uma profunda apreciação pela vitalidade que agora desfruto. Nestes momentos de vulnerabilidade, cada respiração tornou-se um presente precioso, cada amanhecer uma dádiva renovada. A experiência da doença não apenas reforçou a minha resiliência, mas também amplificou a gratidão pela normalidade do quotidiano. Aquilo que antes podia parecer certo e garantido ganhou uma nova dimensão de valor. Cada passo firme, cada dia sem sintomas debilitantes tornou-se motivo para celebrar a resiliência do corpo e a fragilidade da existência. Foi ao ultrapassar esses momentos desafiadores que comecei a reconhecer plenamente o valor das coisas simples que costumamos dar por garantidas. O simples ato de acordar de manhã, a sensação de energia ao realizar tarefas diárias e a liberdade de explorar o mundo ao meu redor tornaram-se bênçãos que abraço com gratidão renovada. Esta reflexão profunda destaca a importância de apreciar o que temos, especialmente ao superar adversidades. A gratidão, nascida da superação pessoal, tornou-se uma poderosa ferramenta para nutrir a apreciação pela vida. Cada batida do coração é agora um lembrete constante da resiliência do corpo, da fragilidade da existência e da dádiva extraordinária de viver uma vida normal.
  • Alimentação e alojamento: A entrega de alimentos aos sem-abrigo revelou-se uma experiência transformadora, desencadeando uma profunda reflexão sobre a comida diária que muitas vezes dou por garantida. Neste momento de reflexão, expresso agradecimento não apenas aos incansáveis agricultores, cujo trabalho árduo viabiliza o acesso a alimentos essenciais, mas também aos meus pais. A presença diária de uma refeição na mesa, um gesto que pode parecer rotineiro, transformou-se em uma dádiva diária pela qual sou profundamente grata. Cada momento à mesa com eles tornou-se mais do que uma simples refeição; é um testemunho vivo de laços familiares fortalecidos por atos simples de amor e sustento. Esses gestos diários, que antes passavam despercebidos, tornaram-se agora expressões tangíveis de apreço pela vida quotidiana. Ter gratidão por um teto sobre mim é mais do que reconhecer a mera presença física; é apreciar a segurança e o abrigo que essa estrutura proporciona em todos os momentos. Estar grata por ter uma cama onde dormir todas as noites transcende o simples conforto físico; é reconhecer o refúgio acolhedor que esse espaço oferece, permitindo-me recarregar energias para enfrentar cada novo dia com renovada vitalidade. Desta forma, ao imergir nesta prática contínua de gratidão, cada refeição torna-se uma celebração, cada teto uma dádiva de segurança, e cada noite na cama é um presente que nutre não apenas o corpo, mas também a alma.
  • Educação: Durante o voluntariado em Kocaeli, Turquia, mergulhei numa experiência única dedicando tempo à educação de crianças órfãs deficientes. Este serviço não apenas despertou uma gratidão mais profunda pela vida que levo, mas também uma apreciação renovada pelos meus pais. Agradeço-lhes não apenas pelas palavras de conforto, mas pela dedicação incansável e pela educação valiosa que proporcionaram, abrindo portas para a minha formação académica. Cada interação com essas crianças tornou-se um testemunho vivo da importância do apoio familiar e da educação na construção de um futuro sustentável.
  • Recursos essenciais da natureza: Expresso gratidão pela presença de água potável, pela existência de oxigénio e pela luz solar. Celebro esta interconexão vital com o ambiente que nos sustenta. A consciência e apreciação desses elementos fundamentais tornam-se um ritual diário, lembrando-me constantemente da maravilha da existência e do papel essencial que desempenham na minha vida quotidiana.
  • Recursos materiais: Estou grata pelos recursos materiais que é mais do que valorizar comodidades; é reconhecer as ferramentas que tornam o meu quotidiano mais confortável. Cada objeto que facilita a rotina diária torna-se uma expressão tangível de gratidão pela praticidade e pelo conforto proporcionados. Agradeço não apenas pelos bens materiais tangíveis, mas também pela estabilidade e segurança que proporcionam, criando um ambiente propício para o florescimento pessoal e a construção de experiências significativas. Trabalhando fora de Portugal, agradeço imensamente pela existência dos aviões, que me permitem viajar e estar junto da minha família em períodos curtos de tempo. A capacidade de voar tornou-se uma bênção, permitindo-me manter os laços familiares e desfrutar da presença dos meus entes queridos, mesmo estando longe. Além disso, reconheço o papel fundamental do telemóvel na minha vida, especialmente quando se trata de manter contato com os meus familiares, como as minhas avós na China. Mesmo estando distante delas, o telemóvel facilita as videochamadas que faço todas as semanas, proporcionando-me momentos preciosos de conexão e partilha de afeto.

Desta forma, ao integrar essa compreensão mais profunda da gratidão, percebo que não é apenas um estado de espírito, mas uma prática contínua. Cada experiência, cada desafio e até mesmo cada pausa para contemplar o pôr do sol são oportunidades para reconhecer e valorizar as inúmeras dádivas que a vida oferece. Assim, esta jornada pela gratidão não é apenas uma viagem de palavras impressas, mas uma transformação contínua na maneira como percebo e vivo a minha própria existência.

PRORROGAÇÃO DO PRAZO PARA ENTREGA DOS TEXTOS NO ÂMBITO DO CONCURSO DE ESCRITA SOBRE O LIVRO 365 DIAS PARA O VIAJANTE

A organização do Concurso de Escrita sobre o livro “365 dias para o viajante”, do Venerável Mestre Hsing Yun, torna pública a deliberação de prorrogação do prazo para a entrega dos textos a concurso até ao dia 16 de maio de 2024, em razão do não preenchimento do número mínimo de participantes a concurso, conforme estipulado no Ponto 4.4. do regulamento do Concurso.

Estão dispensados de formalizar nova entrega dos textos os participantes que já o tenham feito por ocasião do anúncio do Concurso publicado em maio de 2023, e no prazo inicialmente estabelecido para o efeito (31 de março de 2024).

Os critérios, condições, prémios e gratificações de participação no Concurso mantêm-se inalterados e de acordo com o estabelecido no regulamento do Concurso, o qual pode ser consultado em: http://www.ibps.pt/2023/concurso-365-dias-para-o-viajante/.

A Cerimónia de Entrega dos Prémios será adiada para o 1 de junho de 2024, a qual terá lugar na Rua da Centieira n.º 35, em Lisboa.

Mais se comunica que, caso até à nova data designada para a entrega dos textos (16 de maio de 2024) continue a não se verificar o número mínimo de participantes a concurso, conforme estipulado no Ponto 4.4. do regulamento do Concurso, num mínimo de 100 participantes, a organização do Concurso, nos termos e para efeitos do disposto no Ponto 4.6 do regulamento, poderá, livremente, proceder à alteração dos prémios a atribuir.

Lisboa, 23 de abril de 2024.

A Organização do Concurso,

Concurso de Escrita sobre o livro 365 Dias para o Viajante.


1. Apresentação

  1. Descrição
    Somos viajantes neste mundo. No decorrer da nossa viagem por esta vida, nem sempre favorável ou desfavorável, o livro do Venerável Mestre Hsing Yun pode ajudar-nos a ter fé, alegria e esperança. Poderemos ultrapassar o nosso egocentrismo e lidar com as nossas emoções. Os ensinamentos incentivam-nos a ajudar outras pessoas, melhoram o nosso caráter, elevam a nossa espiritualidade e ajudam-nos a atingir a iluminação.
    A BLIA Lisboa (Associação Internacional Buddha´s Light Lisboa) e Fo Guang Shan Portugal têm o prazer de convidar todos aqueles que estejam interessados a participar no Concurso de Escrita sobre o livro “365 Dias para o Viajante”, do Venerável Mestre Hsing Yun.

O livro é oferecido a todos os participantes e poderá ser levantado nos vários locais indicados no regulamento.

Podem deixar os contactos para o levantamento do livro aqui…

  1. Objetivo

Este concurso tem como objetivo permitir a partilha e benefício entre as pessoas, das suas experiências pessoais após a leitura do livro do Venerável Mestre Hsing Yun, “365 Dias para o Viajante”.

 
2. Levantamento do livro

O livro do Venerável Mestre Hsing Yun, “365 Dias para o Viajante”, é oferecido a todos aqueles que desejem participar no Concurso, e podem ser levantados nos seguintes locais:

LISBOA

Expo:Templo Fo Guang Shan Portugal
Rua Centieira, nº 35, Lisboa

Alcantara:Museu do Oriente
Doca de Alcântara Norte, Av. Brasília, 1350-352 Lisboa

Campo Grande:
Ciência das Religiões, Un. Lusófona, Campo Grande, 376, Lisboa

Sete Rios: Av. Columbano bordalo pinheiro n’º 88a

Amadora: Avenida Dom José 1 n*71A Reboleira Amadora 2720-208

Ser – Cooperativa de Solidariedade Social – Rua Emídio da Conceição Fernandes 10, loja esq 2700-353 Amadora

Saldanha: Rua Actor Taborda, 51-53 1000-007 Lisboa
Rua Dona Estefânia, 195a, 1000-155 Lisboa

Martim Moniz: Rua de Mouraria, nº 68, Lisboa

SETÚBAL

HappyBrain – Praceta Luís de Camões, 2 cv 2950-552 Quinta do Anjo, Palmela, Setúbal

 Envio por correio através de solicitação. Esta deve ser feita através do e-mail blialisboa2023@gmail.com, ficando os custos de envio a cargo do participante.

No acto do levantamento presencial do livro, os participantes devem deixar o seu nome e e-mail. Os Dados de cada um servem somente para registo na Organização, estando protegidos segundo o Regulamento (EU) 2016/679 Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de abril de 2016 e pela lei portuguesa Lei n.º 58/2019, de 8 de agosto.

3. Organização

A organização do Concurso está a cargo do Templo Fo Guang Shan em Portugal, da Associação Internacional Buddha´s Light de Lisboa, da Fundação Oriente e Universidade Lusófona.


4. Regulamento


4.1. Concorrentes e Participação

Podem participar no Concurso todas as pessoas com idade superior a 16 anos.

Pessoas que constituam parte integrante do Júri estão vedadas à participação a Concurso.
A participação é feita através da apresentação a concurso de um texto em língua portuguesa, o qual deve seguir as instruções seguintes:

  1. Ter entre 1200 e 5000 palavras;
  2. Deve abordar reflexões pessoais, relacionadas com os ensinamentos do livro em oferta, incidindo em sentimentos e descrição da experiência pessoal do participante aplicada na vida quotidiana. Tenha atenção que não se trate do resumo do texto ou do livro, se for caso, será considerado nulo.
  3. Cada participante pode concorrer com um máximo de 3 (três) textos.


4.2. Prazo, forma da entrega do texto e número de participantes

Os textos devem ser submetidos até 31 de março de 2024.

4.3. Forma de Entrega

A entrega dos trabalhos deve ser feita por via eletrónica, através de e-mail.

Os textos devem ser enviados para o e-mail: blialisboa2023@gmail.com

No assunto do e-mail deve constar: Participação no Concurso de Escrita sobre o livro 365 Dias para o Viajante.

4.4. Limite de Participações

Mínimo de 100 participantes.

Em caso de número insuficiente de participantes, a edição será adiada ou cancelada.

4.5. Júri

O júri será constituído por:

– 2 Mestres de Templo Fo Guang Shan;

– 2 membros da BLIA Lisboa;

– 2 membros da Fundação Oriente;

– 2 membros da Universidade Lusófona;

– Outras entidades que a organização venha a decidir, podendo ter um máximo de 11 elementos.

Cabe ao Júri a decisão da atribuição dos prémios, da aceitação dos textos a concurso e quais os textos a publicar.

4.6. Prémios

Todos os participantes receberão uma lembrança no dia da entrega de prémios.

Os primeiros 20 textos entregues e considerados válidos para participação, receberão recordações especiais, acumuláveis com os primeiros 20 lugares e as lembranças oferecidas a todos os participantes.

Caso se justifique, o Júri, em acordo com a organização pode decidir alterações aos prémios a atribuir.

Os Prémios até à 20ª classificação distribuem-se da seguinte forma:

1º – Uma viagem de 5 dias ao Mosteiro Fo Guang Shan / Museu do Buda e outras localidades (viagem de avião Lisboa/Porto-Taiwan e regresso + estadia pagas).

2º – 6 (seis) livros do Venerável Mestre Hsing Yun editados em Língua portuguesa + um voucher de 200 euros da Fnac.

3º – 3 (três) livros do Venerável Mestre Hsing Yun editados em Língua portuguesa + um voucher de 100 euros da Fnac.

4º a 20º – lembrança especial.

4.7. Publicação

Cabe ao Júri, em acordo com a organização, decidir quais os textos a publicar.

Podem ser publicados, caso se justifique, mais do que os 20 (vinte) classificados.

A forma e aviso para a publicação dos textos será indicada em tempo oportuno.

4.8. Aviso e Entrega dos Prémios

Os participantes serão avisados por e-mail das decisões do Júri.

Os resultados serão divulgados no site e redes sociais da BLIA Portugal.

Poderão existir outras formas de divulgação, através dos media e imprensa.

A Cerimónia de Entrega dos Prémios realizar-se-á no dia 16 de maio de 2024, às 20:00 (local a confirmar).

5. Entidades

5.1.  Entidades poderão ser empresas, associações, grupos, etc. Ou poderá ser uma pessoa individual que tenha agregado 100 ou mais participantes.

5.2.  Todos os concorrentes são participantes no concurso geral, no entanto podem optar por concorrer simultaneamente através de uma entidade, mas, apenas uma.

5.3.  Se uma Entidade tiver 100 participantes, e estes ganharem o 1º, 2º ou 3º prémio no concurso geral, conta somente um 1º, 2º ou 3º prémio. Caso não tenham ganho no concurso geral, poderão ganhar o 1º, 2º ou 3º prémio pela Entidade.

5.4. A organização atribui na sua totalidade 10 vezes o 1º, 2º e 3º prémio. Se existirem mais de 10 entidades a participar, somente as 9 entidades com melhores resultados receberão o 1º, 2º e 3º prémio, as restantes entidades receberão os prémios de consideração.

5.5.  Para que o concorrente seja associado a uma Entidade, deve enviar junto com o texto a concurso o nome da Entidade para blialisboa2023@gmail.com.

5.6. Da mesma forma, a Entidade deverá enviar à Organização uma lista com os candidatos participantes, confirmando desta forma, o número dos mesmos (mínimo 100 textos validos).

6. Considerações Finais

A Viagem de visita ao Mosteiro Fo Guang Shan, correspondente ao 1º prémio, será realizada num período aprovado pelo Templo Fo Guang Shan Portugal.

Qualquer dúvida ou questão deve ser colocada à Organização através do e-mail blialisboa2023@gmail.com

As decisões do Júri são finais e definitivas.

Todos os textos enviados e aceites a Concurso serão propriedade da BLIA – Buddha’s Light International Association, à qual é permitida a sua divulgação total ou parcial, para efeitos de publicidade. Cabe à Organização zelar pela boa indicação da autoria dos textos publicados sem prejuízo do Concorrente, seja na publicação final ou em qualquer uso total ou parcial do texto.

Ao participar, considerando aqui o envio do texto e não a sua aceitação por parte do Júri e Organização, o Concorrente concorda e aceita com o Regulamento exposto acima. 

Ao participar, considerando aqui o envio do texto e não a sua aceitação por parte do Júri e Organização, o Concorrente concorda e aceita com a publicação do seu texto. 

Podem deixar os contactos para o levantamento do livro aqui…

29 de Setembro – SOBRE O “RENASCIMENTO DA CULTURA CHINESA E A GRANDE RESPONSABILIDADE QUE O BUDISMO COMPORTA” (EXCERTO)

O Budismo teve a sua origem na Índia Antiga. Após ser introduzido na China, essa religião atravessou um extenso período de integração e de desenvolvimento em conjunção com o Confucionismo e o Taoismo, até que finalmente se tornou num Budismo com características chinesas, deixando assim um impacto profundo na crença religiosa, na filosofia, na literatura, na arte, na etiqueta e nos costumes do povo chinês. Xuanzang, o monge Tang que tolerou sofrimentos indescritíveis com a sua viagem de peregrinação para o Oeste, em busca de escrituras Budistas, expressou perfeitamente a fortaleza e a determinação do povo chinês para aprender com as outras culturas. Estou seguro que já ouviram falar dos clássicos chineses como “Viagem para o Ocidente”, que foi escrito com base nestas histórias. O povo chinês enriqueceu o Budismo à luz da cultura chinesa e desenvolveu pensamentos Budistas muito importantes. Para além disso, ajudou a espalhar o Budismo residente na China até ao Japão, à Coreia, ao Sudeste Asiático, e por aí em diante.

Existem três tópicos fundamentais que abordam o intercâmbio cultural e a aprendizagem mútua. O primeiro dita que as origens da guerra nascem das ideologias humanas, por isso é imperativo desenvolver ideias de proteção e de paz. O segundo dita que, à medida que as civilizações florescem e se enriquecem, é essencial que haja um intercâmbio e uma aprendizagem mútua para o desenvolvimento da humanidade e do desenvolvimento pacífico do mundo. O terceiro explica que a cultura se deve tornar na própria motivação para o aperfeiçoamento humano de forma a promover uma transformação criativa e um desenvolvimento inovador na cultura chinesa.

Em 1987, vinte peças exuberantes de esmalte colorido foram escavadas de uma câmara subterrânea no Templo Famen, na província Shaanxi da China. Estas relíquias Islâmicas e do Leste Romano chegaram à China durante a Dinastia Tang. Ao maravilhar-me com estas relíquias exóticas, pensei muito e conclui que à medida que nos aproximamos das diferentes civilizações do mundo não nos devemos limitar a admirar o requinte destes objetos. Ao invés disso, devemos tentar aprender e valorizar o significado cultural que eles comportam. Em vez de nos satisfazer com uma representação artística da vida passada das pessoas, devemos esmerar-nos por dar uma nova vida ao espírito intrínseco que estes objetos possuem.

O sonho Chinês será alcançado através de um desenvolvimento ponderado e de um reforço mútuo que incide sobre o progresso cultural e material. Conforme a China continua a progredir económica e socialmente, a civilização chinesa mantém o seu ritmo com a passagem do tempo e vai adquirindo uma maior vitalidade.

28 de Setembro – SOBRE O ENSINO 

Desde os tempos imemoriais que todo o aprendiz teve de ter um professor que lhe transmitisse os ensinamentos, lhe desse orientações, e que respondesse as suas dúvidas. Ninguém nasce com o conhecimento, por isso quem poderá dizer que não tem dúvidas? Ninguém encontrará respostas sem procurar um professor e se só estiver cheio de dúvidas. O que eu procuro são os ensinamentos; porque tenho que saber se o professor nasceu antes ou depois de mim? É por isso que não existe tal coisa como a nobreza, a inferioridade, a senioridade, e o noviciado. O local onde estão os ensinamentos é o local onde estará o professor.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun 

27 de Setembro – A ILUMINAÇÃO É COMO UMA FLOR EM FLORAÇÃO

Pode-se dizer que aqueles que se sentem sempre em paz e tranquilidade têm um jardim que está em constante floração no seu coração durante o ano inteiro. Eles não procuram pela beleza ou pela Primavera.

Ao parar para refletir, contemplamos o verdadeiro valor das coisas e não somos confundidos pelas aparências. Como consequência, não nos aprisionamos num estilo de vida tóxico.

Esta atitude reflexiva é fomentada à medida que nos tornamos mais calmos, conscientes e atenciosos. Desta forma, podemos ter momentos de iluminação mesmo que estejamos no meio de um mar de pessoas.

O preciso momento em que atingimos a iluminação pode ser comparado a um rododendro que floresce repentinamente, a um ácer que brota, ou ao ato de plantar sementes de dormideira por toda a colina.

— retirado de Comentários de Hsing Yun Sobre os Versos 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun 

26 de Setembro – EM QUE ANDAR VIVES TU?

I

Em que andar vives tu? Na vida existem três andares: O primeiro andar é a vida material, o segundo é a vida mental, e o terceiro é a vida espiritual.

II

Não tenhas um coração caótico; não te aprisiones nas emoções. Não temas o futuro, e não habites no passado. Esta é a forma de viver em paz.

III

Com uma mente cerrada, todos os pequenos assuntos são grandes. Com uma mente aberta, todos os grandes assuntos são pequenos. Vê para além das vicissitudes da vida com um coração tranquilo e inalterado.

IV

Se conseguires amar, todas as coisas na vida tornam-se passíveis de ser amadas. Se odiares, todas as coisas na vida tornam-se odiáveis. Se fores grato, então tudo se torna digno de agradecimentos. Se maturares, então tudo no mundo também consegue maturar. Não é o mundo que te escolhe, és tu que escolhes este mundo. E por isso, como não há local onde nos esconder, nem local para onde escapar, é mais proveitoso ser alegre. Ao verificar que não existe terra pura, é mais proveitoso acalmar os nossos corações. Ao verificar que os nossos desejos não foram concretizados, é mais proveitoso sentir-nos aliviados.

— retirado de Obras Literárias de Feng Zika 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun 

25 de Setembro – O “I CHING” 

Se não acumularmos atos de bondade, eles não serão suficientes para polir o nosso nome; se não acumularmos atos de maldade, eles não serão suficientes para destruir a nossa vida.

O homem superior aprende e acumula os frutos da sua aprendizagem; coloca questões, e sabe discriminar entre os vários resultados; habita por entre aquilo que conquistou de uma forma magnânima e modesta; e leva consigo as suas conquistas, praticando-as com benevolência.

As coisas com a mesma tonalidade ressoam melhor em conjunto; as coisas com a mesma força material buscam-se uma à outra. A água flui para o local onde está molhado; o fogo vai em direcção ao que está seco. As nuvens seguem o dragão; o vento segue o tigre… Eis que cada coisa segue aquilo que é da sua própria espécie.

— excerto retirado de O Livro das Mudanças