Ainda nem completos os cem anos de idade,
e já um carrega a carga de mil anos de preocupações;
Tendo só agora recuperado a nossa própria saúde,
e as preocupações com os filhos e netos
não deixam de suceder.
Olhando para baixo, os caules tomam raiz nos solos,
Olhando para cima, os topos das amoreiras mudam a sua cor;
À medida que a haste se inclina para o Mar do Oriente,
finalmente se percebe que é aí que a pesagem termina.
Suspirando esta vida ilusória,
quando é que os seus longos dias terminarão?
Manhã após manhã de tempos sem lazer,
ano após ano não consciente da velha idade.
Perseguindo sempre a comida e o vestuário,
causando apenas preocupações à mente;
Centenas de anos de tormento,
viajamos entre os três planos do mal*.
O Rio Amarelo que eu vejo,
quando é que a sua água foi transparente?
As correntes são rápidas como flechas voadoras,
enquanto que a vida é como uma lentilha de água.
Ignorância é o karma fundamental,
enquanto que o apego é um poço de aflições;
Quantos kalpas de reencarnação já se passaram,
só para criar aquilo que está cego e perdido.
Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.