Ser uma pessoa livre e feliz, sem que isso contrarie as leis da natureza, assemelha-se à postura que uma pessoa demonstra numa peça de teatro. Um bom ator, apesar de estar perfeitamente consciente que tudo à sua volta é falso, é capaz de se exprimir de uma forma que é ainda mais realista, natural e alegre, em contraste com a vida real. E o mesmo é válido para a vida: a coisa mais importante é não sermos criteriosos em relação àquilo que é verdadeiro ou falso, lucrativo ou lesivo, fama ou proveito, nobre ou desvirtuoso, riqueza ou pobreza. Ao invés disso, trata-se mais de viver cada dia de uma forma alegre e descobrir a parte poética dessa experiência. Em algumas instâncias, a imperfeição é uma parte normal da vida, enquanto que a perfeição poderá ser a anormal. O seguinte ditado pode ilustrar isto: “raramente cheia, a lua estará maior parte das vezes em crescente”.
Se entendermos a vida desta forma, podemos tornar-nos mais compreensivos, livres e despreocupados. E com isto, as nossas preocupações e os dias melancólicos serão levados pelo vento.
Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun