29 de Setembro – SOBRE O “RENASCIMENTO DA CULTURA CHINESA E A GRANDE RESPONSABILIDADE QUE O BUDISMO COMPORTA” (EXCERTO)

O Budismo teve a sua origem na Índia Antiga. Após ser introduzido na China, essa religião atravessou um extenso período de integração e de desenvolvimento em conjunção com o Confucionismo e o Taoismo, até que finalmente se tornou num Budismo com características chinesas, deixando assim um impacto profundo na crença religiosa, na filosofia, na literatura, na arte, na etiqueta e nos costumes do povo chinês. Xuanzang, o monge Tang que tolerou sofrimentos indescritíveis com a sua viagem de peregrinação para o Oeste, em busca de escrituras Budistas, expressou perfeitamente a fortaleza e a determinação do povo chinês para aprender com as outras culturas. Estou seguro que já ouviram falar dos clássicos chineses como “Viagem para o Ocidente”, que foi escrito com base nestas histórias. O povo chinês enriqueceu o Budismo à luz da cultura chinesa e desenvolveu pensamentos Budistas muito importantes. Para além disso, ajudou a espalhar o Budismo residente na China até ao Japão, à Coreia, ao Sudeste Asiático, e por aí em diante.

Existem três tópicos fundamentais que abordam o intercâmbio cultural e a aprendizagem mútua. O primeiro dita que as origens da guerra nascem das ideologias humanas, por isso é imperativo desenvolver ideias de proteção e de paz. O segundo dita que, à medida que as civilizações florescem e se enriquecem, é essencial que haja um intercâmbio e uma aprendizagem mútua para o desenvolvimento da humanidade e do desenvolvimento pacífico do mundo. O terceiro explica que a cultura se deve tornar na própria motivação para o aperfeiçoamento humano de forma a promover uma transformação criativa e um desenvolvimento inovador na cultura chinesa.

Em 1987, vinte peças exuberantes de esmalte colorido foram escavadas de uma câmara subterrânea no Templo Famen, na província Shaanxi da China. Estas relíquias Islâmicas e do Leste Romano chegaram à China durante a Dinastia Tang. Ao maravilhar-me com estas relíquias exóticas, pensei muito e conclui que à medida que nos aproximamos das diferentes civilizações do mundo não nos devemos limitar a admirar o requinte destes objetos. Ao invés disso, devemos tentar aprender e valorizar o significado cultural que eles comportam. Em vez de nos satisfazer com uma representação artística da vida passada das pessoas, devemos esmerar-nos por dar uma nova vida ao espírito intrínseco que estes objetos possuem.

O sonho Chinês será alcançado através de um desenvolvimento ponderado e de um reforço mútuo que incide sobre o progresso cultural e material. Conforme a China continua a progredir económica e socialmente, a civilização chinesa mantém o seu ritmo com a passagem do tempo e vai adquirindo uma maior vitalidade.