Desde tempos imemoriais que é raro que um homem viva
até aos setenta,
Elimine-se os anos da infância e da velhice e
não há muito mais que reste,
Salvo o gelo e as preocupações.
Depois do meio de Outono, falta brilho à lua.
Depois de varrer as sepulturas, as flores perdem a sua beleza
Rodeado de flores, sob a lua, canto uma canção;
Apressa-te a encher o copo de vinho vazio.
Há tanto dinheiro neste mundo que
nunca o poderás ganhar todo;
Há tantos lugares naquela corte que
não os poderás ocupar todos.
Uma alta posição e o dinheiro abundante criam preocupações,
tornando prematuramente o teu cabelo branco.
Primavera, Verão, Outono, Inverno;
num só estalar de dedos,
O sino despede-se do entardecer; o galo anuncia
a chegada da madrugada.
Cavalheiros, vejam estas pessoas que chegaram antes de vós:
Voltamos uma vez por ano para os encontrar enterrados debaixo as ervas.
Quantas sepulturas haverá entre as ervas, altas e baixas?
Cada ano, metade das sepulturas não têm ninguém que as varra.
Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.