25 de Fevereiro – POEMA SOBRE OS SETENTA 

Desde tempos imemoriais que é raro que um homem viva 

até aos setenta, 

Elimine-se os anos da infância e da velhice e 

não há muito mais que reste, 

Salvo o gelo e as preocupações. 

Depois do meio de Outono, falta brilho à lua. 

Depois de varrer as sepulturas, as flores perdem a sua beleza 

Rodeado de flores, sob a lua, canto uma canção; 

Apressa-te a encher o copo de vinho vazio. 

Há tanto dinheiro neste mundo que 

nunca o poderás ganhar todo; 

Há tantos lugares naquela corte que 

não os poderás ocupar todos. 

Uma alta posição e o dinheiro abundante criam preocupações, 

tornando prematuramente o teu cabelo branco. 

Primavera, Verão, Outono, Inverno; 

num só estalar de dedos, 

O sino despede-se do entardecer; o galo anuncia 

a chegada da madrugada. 

Cavalheiros, vejam estas pessoas que chegaram antes de vós: 

Voltamos uma vez por ano para os encontrar enterrados debaixo as ervas. 

Quantas sepulturas haverá entre as ervas, altas e baixas? 

Cada ano, metade das sepulturas não têm ninguém que as varra. 

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun.