15 de Junho – O DIÁRIO DE ZENG WENGONG (EXCERTO)

Desde o passado até ao nosso momento presente, o tempo passou ininterrupto durante eras. Durante as várias décadas da vida de um ser humano, o tempo passou em meros instantes.

As terras neste planeta estendem-se por milhares de quilómetros, e as suas fronteiras são indetetáveis. Nelas vivem os humanos que dormem, comungam, vagueiam e descansam. Durante o dia, uma pessoa só pode ocupar um quarto de cada vez, e à noite, só uma cama de cada vez.

Os livros do passado e os escritos dos indivíduos contemporâneos são tão numerosos como a água no oceano. Aquilo que conseguimos ler durante as nossas vidas inteiras é equivalente a um único pelo que é contado entre os couros de nove bois.

As coisas podem suceder-se de inúmeras maneiras; ou seja, as pessoas têm opções intermináveis. Contudo, aquilo que o nosso poder e habilidades nos permitem lidar é equivalente à proporção que um grão de areia tem para com o universo inteiro.

Após compreender a eternidade do Céu, e como as nossas experiências de vida podem ser curtas, quando enfrentamos dificuldades e adversidades, a melhor opção a tomar é permanecer paciente e esperar.

Após compreender a vastidão deste planeta, e como o espaço que nós ocupamos é pequeno, quando enfrentamos a concorrência pela fama e o lucro, a melhor opção a tomar é defender a nossa posição ao renunciar.

Após compreender a “inumerabilidade” dos livros, e como o nosso conhecimento pode ser escasso, não nos devemos atrever a regozijar com pequenas conquistas. Em vez disso, devemos escolher o que é o bem e agir em conformidade.

Após compreender os inúmeros assuntos deste mundo, e o pouco que podemos alcançar, não nos devemos atrever a louvar os nossos feitos verdadeiramente insignificantes. Em vez disso, devemos recomendar aqueles que são capazes e trabalhar em conjunto para alcançar o sucesso.

Dessa forma, qualquer egoísmo ou arrogância pode ser gradualmente eliminada.

Audio do livro 365 Dias para o Viajante, do Ven. Mestre Hsing Yun