pelo Venerável Mestre Hsing Yun
Ó grande e compassivo Buda!
Por favor, ouve a minha voz trémula
Respeitosamente rezo a ti:
Sou uma pessoa sem ideias originais;
Porque falta-me coragem e confiança,
Porque falta-me elegância, postura e força,
Eu sempre encaro a sociedade com apreensão,
E sempre encaro os meus parentes e amigos com certa subserviência.
Vigorosamente, esforço-me por ter empenho,
Ainda que me falte uma mente magnânima e aberta.
Vigorosamente, tento melhorar,
Ainda que me falte um pulso firme e decidido.
Por isso, quando encaro tudo o que fiz no passado,
Sinto-me profundamente inferiorizado e insignificante;
Por isso, quando encaro a minha situação atual,
Sinto-me profundamente agitado e vulnerável.
Ó grande e compassivo Buda!
Por favor, ouve a minha voz humilde
Abertamente arrependida:
Sou uma pessoa ignorante e hesitante
Porque falta-me sabedoria e atitude para poder aprender,
Porque falta-me ambição e habilidade para me conduzir.
Por isso,
Sempre que me deparo com o fracasso, fico desencorajado;
Sempre que encontro adversidade, torno-me hesitante;
Sempre que passo por revezes, deprimo-me;
Sempre que ouço calúnias, fico retraído.
Ó Buda, eu rezo a ti:
Ao encontrar revezes,
Que eu possa marchar adiante, sem medo;
Ao encontrar adversidades,
Que eu possa sobrepujar os meus temores.
Ó grande e compassivo Buda!
Por favor, ouve a minha voz desencorajada,
Sinceramente, em confissão:
Sou uma pessoa egoísta e teimosa
Porque falta-me uma personalidade alegre e magnânima,
Porque faltam-me pensamentos meditativos e virtudes.
Por isso,
Quando a minha carreira não é bem-sucedida,
Eu esquivo-me da responsabilidade;
Quando os professores me reprovam,
Eu atribuo todos os erros e falhas aos outros;
Quando as pessoas se reúnem,
Evito interagir com elas tanto quanto possível;
Quando a minha vida apresenta dificuldades,
Fico melancólico e cheio de preocupações.
Ó Buda, rezo a ti:
Quando os professores me repreenderem,
Que eu possa refletir sobre os meus atos;
Quando a minha carreira não for bem-sucedida,
Que eu não me oponha aos conselhos dos outros;
Quando eu estiver junto aos demais,
Que eu tenha vontade de encontrar afinidades;
Quando a vida presentear-me com dificuldades,
Que eu ainda possa sorrir e mostrar alegria.
Ó grande e compassivo Buda,
Por favor, ouve minha voz trémula,
Diante de ti, sinceramente digo:
Eu sou apenas um aprendiz
Porque possuo maus hábitos e obstáculos kármicos,
Porque ainda nutro inveja, desconfiança e vícios.
Por isso, muitas vezes cometo erros intencionalmente;
Por isso, erro muitas vezes seguidas.
Ó Buda, eu rezo a ti:
Que eu possa aumentar a minha sabedoria e melhorar a minha auto-estima
Através do auto-aperfeiçoamento;
Que eu possa obter méritos e virtudes, e estabelecer dignidade
Através do cultivo zeloso e do progresso;
Que eu nunca mais tenha medo da opinião desrespeitosa dos demais;
Que eu nunca mais duvide da crítica construtiva das pessoas.
Ó grande e compassivo Buda,
Por favor, aceita a minha prece mais sincera!
Ó grande e compassivo Buda,
Por favor, aceita a minha prece mais sincera!