Assim como as crianças devem conhecer os seus pais, os estudantes de Buda devem conhecer o Buda. Alguns podem dizer: “Ah, sim, eu conheço o Buda. Eu já vi as estátuas dele por todo o lado.” Mas conhecemos o Buda apenas porque vemos estátuas? Não, certamente que não. É comum que os budistas sintam, lamentavelmente, ter nascido tanto tempo após o nirvana final do Buda e não terem tido a oportunidade de conhecer Buda. É muito lamentável que os estudantes de Buda não saibam como era realmente o Buda.
Alguns podem pensar que Buda é um imortal todo-poderoso com poderes sobrenaturais que pode aparecer e desaparecer sem deixar vestígios. Se achas que este é o Buda que vou partilhar contigo, ficarás desapontado. Podes pensar que Buda é um ser cheio de bondade amorosa que concederá o que pedires nas orações. Este também não é o caso. Acredito que a maioria das pessoas prefere o Buda sentado no altar de pernas cruzadas – sereno, pacífico, quieto e parado.
Se Buda falou e instruiu-nos dizendo “Não faças isso” ou “Não é assim”, talvez não gostemos tanto dele. Talvez porque como Buda não nos critica e não nos censura ou discute conosco, é que nos sentimos atraídos por ele. Nós respeitamos e inclinamo-nos para ele.
Felizmente, podemos aprender mais sobre o Buda, sobre as nossas vidas, ao observar as formas pelas quais ele lidou com experiências e situações durante a sua própria vida. Portanto, primeiro irei apresentar brevemente a história da vida de Buda, antes de examinar como ele lidou com os problemas e experiências comuns do dia a dia.
Ven. Mestre Hsing Yun.
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